22/10/2018

Como a Apple pode ajudar a desvendar caso de Jamal Khashoggi

Jamal Khashoggi no consulado saudita, em Istambul
Jamal Khashoggi no consulado saudita, em Istambul Reprodução CCTV/TRT World - Reuters

O jornalista Jamal Khashoggi foi visto pela última vez dentro da embaixada da Arábia Saudita, em Istambul, no último dia 2 de outubro. As câmeras filmaram o momento de sua entrada no prédio e, desde então, ele nunca mais foi visto.

Segundo as autoridades turcas, ele foi assassinado naquele dia.

O Apple Watch usado por Khashoggi no dia de seu desaparecimento pode ter registrado pistas importantes para explicar o que aconteceu.

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O smartwatch coleta informações do usuário em tempo real para monitorar as atividades cotidianas e indicar o estado de saúde. O pequeno aparelho tem sensores de batimentos cardíacos, contador de passos, GPS, altímetro e também gravador de áudio.

Por isso, existe a possibilidade do acessório ter registrado os momentos que antecederam o possível interrogatório, o último local onde a localização foi salva e até mesmo momento de sua morte.

Os dados teriam sido enviados pelo relógio da Apple para a conta do jornalista no iClound, serviço de armazenamento em nuvem da empresa, e poderia ser acessado por um de seus dois iPhones que foram deixados com sua noiva.

A dificuldade dos investigadores seria não realizar uma interpretação precipitada do que aconteceu. Não necessariamente os registros salvos no dia do desaparecimento eram Khashoggi. Uma pessoa com o dispostivo no pulso poderia manipular as pistas com facilidade.

Qual modelo?

Dependendo de qual Apple Watch o jornalista tinha algumas informações podem não ter sido salvas. Na primeira geração do relógio inteligente da Apple, por exemplo, não há GPS integrado. 

Se for o modelo mais recente, é possível ter dados bem mais precisos de localização e do coração. O lançamento deste ano foi projetado já com GPS e altímetro e para fazer a leitura dos batimentos como um eletrocardiograma usado por médicos.

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