Mark Steadman, 38 anos, era completamente incapaz de dar um simples beijo ou lavar seu rosto depois que foi oficialmente diagnosticado com neuralgia do trigêmeo no ano de 2009.
A condição afeta 12 a cada 100 mil pessoas no Reino Unido e estima-se que essa relação também ocorra em outros países. O problema faz com que seus portadores sofram de dores terríveis, tão fortes que ¼ dos pacientes se suicidam.
O problema ocorre por uma pressão no nervo trigeminal – o maior nervo que nós temos no interior do crânio.
Steadman é pai de três filhos e sentia uma agonia terrível: até mesmo um simples sopro em sua pele o fazia sentir dores indescritíveis, como se estivesse sendo eletrocutado.
Ele era forçado a tomar um coquetel com uma grande variedade de medicamentos, inclusive morfina em doses cavalares. Essa combinação de fármacos o deixava com aspecto de “zumbi”, pelas altas dosagens.
A última vez que beijou sua esposa Louise, 35, foi em 2009. Hoje, após 4 anos, Steadman voltou a ter uma vida normal graças a uma cirurgia que removeu parte do seu crânio.
A operação durou 6 horas e foi realizada no Hospital Queen Elizabeth. A remoção de parte do crânio foi necessária para que os médicos alcançassem o nervo para revesti-lo com teflon.
O procedimento garante que Steadman tenha uma vida normal e plena, inserindo-o novamente na sociedade. Após 10 anos, estima-se que o revestimento já não faça mais efeito, sendo necessário uma nova cirurgia.
“A cirurgia transformou minha vida e eu não posso dizer o quanto é maravilhoso beijar Louise e meus filhos novamente. Foi horrível estar na mesma cama que a família e não poder dar carinho para eles. A doença destruiu a minha vida porque a dor era muito debilitante”, disse Steadman.
Ele ainda conta que sua vida se transformou em um inferno. Os ataques de dores ultrapassavam 250 vezes por dia. Sua condição o obrigava a tomar mais de 50 comprimidos.
O que é a neuralgia do trigêmeo?
É um problema no nervo facial que provoca uma dor extremamente forte.
O problema ficou conhecido como “a doença do suicídio”. Alguns a descrevem como a sensação de várias facadas ao mesmo tempo ou descargas elétricas extremamente fortes como se fossem raios. Cada ataque de dor pode durar apenas alguns segundos ou até 2 minutos.
É mais comum entre pessoas acima dos 60 anos e muito rara em pacientes com menos de 40. Não há nenhum tipo de cura para a condição e com o tempo a dor se intensifica.
A dor pode voltar, mesmo após a cirurgia. É considerada por muitos médicos como a pior dor que um ser humano pode sentir.
0 comentários:
Enviar um comentário