16/09/2014

Dez armas antigas que você não vai querer encarar!



A história é construída por guerras e conflitos, que podem provocar fortes mudanças culturais e tecnológicas. Geralmente, a supremacia militar de um povo não era definida apenas pelas estratégias ou capacidade de seus generais, mas pelo poder de suas armas. Algumas das armas apresentadas na lista de 15 armas antigas mortíferas fazem parte do imaginário popular, pois são incorporadas em filmes épicos, de fantasia e também em jogos eletrônicos.



Esta lista foi escrita graças ao amigo apaixonado por história Klaus Provenzano. Se você curte história militar e jogos, não deixe de conferir o jogo sobre armas históricas. Se você desejar se aprofundar no assunto e conhecer algumas armas utilizadas para sitiar cidades e fortalezas, fique ligado na lista



1- Gladium hispanicus







Espada reta curta de dois gumes, junto com o pilum, arma principal do legionário clássico (séculos II a.C. a III d.C.). O exercito romano só a adotou muito tempo após a criação das legiões, quando se descobriu que feridas superficiais de 10 cm de comprimento (golpes de gume) eram menos mortais que feridas de 10 cm de profundidade (golpes de ponta). O gládio parece ter sido adotado quando romanos estavam enfrentando a guerrilha dos ótimos espadachins piberos para conquistar o resto da Hispânia, após Segunda Guerra Púnica. O gládio também deu nome aos lutadores profissionais que se enfrentavam em arenas para deleite da plateia.



2- Scramasax







Espada curta e, portanto, arma secundária de diversas tribos germanas: godos, francos, alamanos. Mas a preferência dos saxões por ela deu-lhes o nome pelo qual os romanos os chamavam. Ela tem apenas um gume. E é muito prática, serve para paz e para guerra é boa para golpes de ponta ou de gume.



3- Makaira e Falcata







A makaira era arma secundária do infante grego falangista, mas acabou se transformando na arma principal de outros povos (falcata ibérica, kurkri hindu…). Seu formato amplia lesões produzidas por golpes de gume sem deixar a arma presa no corpo do adversário. Íberos com falcatas são considerados os melhores espadachins do mundo mediterrâneo dos séculos III e II a.C. Os modelos íberos geralmente possuem uma cabeça de cavalo no cabo.



4- Espada Celta







Os celtas eram mestres na metalurgia. As espadas retas de dois gumes surgem como facas longas ainda no neolítico. Mas eram quebradiças. Com a metalurgia do ferro elas ganham outra desenvoltura. As espadas dão: 1) mais alcance que as facas 2) possibilidade de ampliar a lesão do golpe de aresta pelo seu peso e 3) a possibilidade de terçar armas, isto é, aparar golpes do adversário com a lâmina, mais facilmente. Com a criação das legiões romanas, as espadas celtas (spatha gálica) ganham importância tática.



5- Machado-Epsilon







O aperfeiçoamento de machados neolíticos em objetos de bronze, no vale do Nilo resultou no machado epsilon. Assim chamado pelo formato de sua lâmina lembrar “a letra E dos gregos”. Feito em várias versões, para uma ou duas mãos, com cabos de diversos comprimentos. Com cabo de lança, ele originou toda a família da alabarda, a família predileta de armas pra infantaria em formação frouxa que precisasse enfrentar cavaleiros em corpo-a-corpo. O versátil machado epsilon só exigia que a formação de batalha fosse pouco densa, para que pudesse ser brandido e não atingisse amigos, conjugando as vantagens da clava e da espada.



6- Adaga-Anel







Arma secundária típica dos alanos, um povo de arqueiros montados de fala iraniana. O anel no cabo possibilitava que o usuário mudasse muito rapidamente a posição da mão, quando enfiava seu dedo anelar no anel do cabo. Golpes podeiram ser desferidos de cima para baixo e de baixo para cima, em sequência.



7- Falx e Ronfaia







Espadas para uma ou duas mãos, com lâmina curva de um só gume, no lado interno da curva. Arma principal da infantaria trácia e dácia. As falx dácias produziam feridas mutilantes e obrigaram os legionários de Traianus a mudar o feitio de seus elmos e das ombreiras da lorica segmentata. Elas tinham um inconveniente sério: podiam ficar presa no corpo do adversário. A ronfaia trácia aparece um tanto modificada nos gladiadores da modalidade Trácio, adversários tradicionais dos Hoplomacos e Murmillos.



8- Espada kopesh e Cimitarra







A espada curva de único gume no lado externo da curva, a kopesh, era a arma por excelência da nobreza da Era do bronze para combates corpo-a-corpo. Ela era boa para golpes de gume. Ela originou a kopis grega (que aparece no filme 300) e a makaira. Ela originou também a cimitarra islâmica. Com advento de raças de cavalos capazes de suportar um homem no lombo, ela se tornou a preferida pelos cavaleiros para fazer a colheita de membros e cabeças sem se preocupar muito se os golpes seriam letais. Além disso, tinham a vantagem de não ficar presas ao corpo do inimigo, devido ao formato curvo com gume no lado convexo.



9- Mangual







O mangual é outro exemplo da ferramenta agrícola capaz de se tornar arma como foices, machados e tridentes. Os primeiros manguais tinham cabos longos como o da figura e eram usados para debulhar trigo no Egito e Mesopotâmia. A substituição do bastão curto por uma bola de metal, com ou sem espículas, a tornou uma arma temida até por cavaleiros medievais em armadura completa. Os manguais com espículas fazem mais dano, mas podiam ficar cravados no inimigo e deixar os usuários desarmados.



10- Francisca







A francisca é um machado de arremesso usado por germanos ocidentais das florestas: francos, alamanos, escadinavos e saxões. A arma tem pouco alcance, mas com contato visual possível nos bosques da Europa central, elas eram ideais. Em caso de necessidade podia ser mantido na mão para combate corpo-a-corpo. Os francos tinham este nome porque eram uma federação de tribos anti-romanas livres, como eles gostavam de lembrar. Os francos tinham especial predileção por esta arma para arremesso e, por isso, a arma foi assim chamada francisca.



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