Um dos maiores parceiros da balada pode ser, na verdade, uma mistura perigosa. Cardiologistas alertam para os perigos de misturar bebidas alcoólicas com energéticos. Como já dizia o Mr. Catra com “whisky e energético a gente zoa”, mas cuidado, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias “irritam” o músculo do coração, o miocárdio.
Há registros de casos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias e precisaram de atendimento médico urgente. Apesar das bebidas energéticas como Red Bull, TNT e Burn comunicarem, segundo as regras da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os verdadeiros riscos de seus produtos ao serem consumidos juntamente com álcool, muita gente desconhece o real poder da mistura.
O maior risco dessa mistura está em mascarar os sintomas dos efeitos do álcool. Quando bebemos e começamos a nos sentir bêbados, normalmente, paramos de beber e tomamos água ou refrigerante para compensar. Contudo, ao misturar energético com álcool retardamos os sintomas da bebedeira e continuamos a beber por mais tempo. O resultado pode ser desastroso!
Adultos podem ingerir no máximo até 2,5 miligramas de cafeína por quilo de peso, ou seja, uma mulher de 60 kg deveria consumir apenas 150 miligramas de cafeína. Todavia, nos energéticos a quantidade de cafeína varia de 80 até 500 miligramas. Desse modo, o excesso da substância pode causar intoxicação, cujo os sintomas são: ansiedade, insônia, desconforto no estômago, tremores, taquicardia e agitação.
Já ocorreram registros de morte em vários países e nos Estados Unidos foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. O número de atendimentos de crise de pânico disparou, assim como a ocorrência de surtos psicóticos em pessoas que ingeriram a potente mistura..
Risco na direção
A combinação eleva em cinco vezes as chances de exagerar na bebida, triplica o risco de dirigir em alta velocidade e quadruplica o risco de envolvimento em acidentes com feridos.
Nos EUA, pesquisas feitas pelo governo já apontaram um aumento no número de visitas ao pronto-socorro após o uso de energéticos.
O estimulante, com altas doses de cafeína (cada latinha equivale a três cafés expressos), mantém a pessoa acordada e com “pique” por mais tempo mesmo após o uso de bebida.
“Tomados com álcool, os energéticos podem mascarar os efeitos da bebida. A pessoa bebe mais sem perceber”, diz o psicólogo Frederico Eckschmidt, pesquisador no departamento de saúde preventiva da USP e um dos autores do trabalho.
Ele explica que a combinação torna o sabor das bebidas mais doce, o que faz aumentar o consumo.
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