A Rolls Royce’s anunciou, nesta quarta-feira (15), que o seu avião completamente elétrico realizou uma viagem inaugural. Chamada de Spirit of Innovation, a aeronave completou um voo de 15 minutos de duração.
O avião decolou no Boscombe Down, local famoso por receber testes de aeronaves militares do Ministério da Defesa do Reino Unido. A empresa destaca que esse primeiro voo é um importante passo rumo à descarbonização na indústria de aviação mundial.
“O primeiro voo da revolucionária aeronave Spirit of Innovation sinaliza um grande passo à frente na transição global para formas de voo mais limpas. Esta conquista, e os recordes que esperamos seguir, mostram que o Reino Unido permanece na vanguarda da inovação aeroespacial”, afirma Kwasi Kwarteng, secretário de negócios da Rolls Royce’s, em comunicado divulgado pela empresa.
O recorde ao qual se refere o profissional da Rolls-Royce é o de velocidade atingida por uma aeronave totalmente movida à eletricidade. A expectativa é de que o avião consiga alcançar até 480 km/h nos céus do Reino Unido, o que configura a quebra do recorde mundial.
Até o momento, o recorde de avião elétrico mais rápido do mundo pertence ao Extra3030LE, da Siemens. Ele atingiu a velocidade de 337 km/h em 2017 em uma viagem de três quilômetros realizada na Alemanha.
A aeronave da Rolls-Royce tem capacidade para apenas um passageiro e é cerca de 20% mais lenta do que os aviões mais conhecidos. Por conta disso, uma viagem de aproximadamente 2 horas seria realizada com 24 minutos a mais pelo Spirit of Innovation.
“Não se trata apenas de quebrar um recorde mundial; a bateria avançada e tecnologia de propulsão desenvolvida para este programa tem aplicações interessantes para o mercado de mobilidade aérea urbana”, destaca Warren East, CEO da Rolls-Royce.
O primeiro voo do Spirit of Innovation foi feito com o auxílio de um trem de força de 450 KW, que foi gerado pela bateria mais densa já montada para uma aeronave realizar uma viagem.
O desenvolvimento desta aeronave faz parte do programa ACCEL (Acelerando a Eletrificação do Voo), financiado pelo Aerospace Technology Institute do Reino Unido.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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