A Amazon.com fechou acordo para pagar mais de R$ 310 milhões e encerrar investigação sobre acusações de que ficou com gorjetas de motoristas da Amazon Flex por mais de dois anos, disse a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) nesta terça-feira (2). O dinheiro pago à FTC será usado para compensar os motoristas, disse a agência.
A FTC disse que a Amazon em 2015 anunciou que um programa chamado Flex pagaria aos motoristas US$ 18 a US$ 25 (R$ 96 e R$ 136, respectivamente) por hora para fazerem as entregas e que eles receberiam 100% de todas as gorjetas. Os motoristas flex são tratados como fornecedores terceirizados e usam seus próprios veículos para fazerem entregas para a Amazon.
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Mas, no final de 2016, a Amazon "reduziu secretamente sua própria contribuição para o pagamento dos motoristas", de acordo com a reclamação apurada pela FTC. "A Amazon usou as gorjetas dos clientes para compensar a diferença entre a nova tarifa horária mais baixa e a tarifa prometida", disse a FTC.
A agência disse que a Amazon abandonou o polêmico modelo de pagamento em agosto de 2019, depois que o órgão abriu uma investigação e começou a detalhar para os motoristas seus ganhos e gorjetas.
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A Amazon disse que discorda da alegação de que a forma como informa o pagamento aos motoristas não é clara. "Adicionamos clareza adicional em 2019 e estamos satisfeitos por deixar esse assunto para trás", disse uma porta-voz da Amazon. A FTC disse que a Amazon também enganou os clientes, dizendo-lhes que os motoristas recebiam 100% de qualquer gorjeta.
"No total, a Amazon roubou quase um terço das gorjetas dos motoristas para aumentar seus próprios resultados", disse o comissário Rohit Chopra, democrata, em um comunicado. Ele pediu para a FTC examinar se os trabalhadores precisam ser protegidos de "outros intermediários dominantes".
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