Os bilionários Richard Branson e Jeff Bezos, que realizaram as primeiras viagens espaciais turísticas tripuladas da história, não são considerados astronautas comerciais segundo as novas regras da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), anunciadas na última terça-feira (27). Estas são as primeiras mudanças no programa FAA Wings desde sua criação, em 2004.
O novo regulamento assegura que, para seer um astronauta não basta viajar a pelo menos 80 quilômetros de altitude, como fizeram Branson e Bezos. É preciso também passar por um treinamento certificado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, e "demonstrar ações essenciais para a segurança pública" ou "contribuir para a segurança do voo espacial humano". Na prática, isso significa que o tripulante deve estar encarregado de alguma tarefa no laçamento e não viajar apenas como um passageiro.
Enquanto o voo da Virgin Galactic, empresa de Branson, contou com dois pilotos, a viagem da Blue Origin, companhia de Bezos, foi realizada de forma totalmente autônoma, ou seja, não havia alguém responsável pela pilotagem ou encarregado de quaisquer tarefas que fossem essenciais para a "segurança pública" da tripulação.
O documento da FAA ressalta, no entanto, que aqueles que demonstrarem contribuições para a indústria de voos espaciais comerciais não precisam cumprir todos os requisitos para obter o título de astronauta. Este é o caso da pilota Wally Funk, de 82 anos, que viajou junto a Bezos e se tornou a astronauta mais velha a ir ao espaço.
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