22/01/2018

Facebook não garante que mídias sociais são boas para a democracia

Rede social ainda investiga participação russa em processo eleitoral
Rede social ainda investiga participação russa em processo eleitoral BBC Brasil

O Facebook alertou na segunda-feira (22) que não pode oferecer nenhuma garantia de que as mídias sociais são boas para a democracia, mas ressaltou que está fazendo o possível para impedir a alegada intromissão da Rússia ou de outros em eleições.

O compartilhamento de notícias falsas ou enganosas nas mídias sociais tornou-se um problema global, depois de acusações de que a Rússia tentou influenciar votos nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Moscou nega as alegações.

O Facebook, a maior rede social do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários, abordou o papel das redes sociais na democracia em postagens do professor Cass Sunstein da Universidade de Harvard e de um funcionário que trabalha no assunto.

— Gostaria de garantir que os aspectos positivos sejam destinados a superar os negativos, mas não posso —, escreveu Samidh Chakrabarti, gerente de produto do Facebook, em sua postagem.

O Facebook, acrescentou, tem um “dever moral de entender como essas tecnologias estão sendo usadas e o que pode ser feito para tornar as comunidades como o Facebook representativas, civis e confiáveis quanto possível”.

Chakrabarti expressou arrependimento do Facebook sobre as eleições dos EUA de 2016, quando, segundo a empresa, os agentes russos criaram 80 mil postagens que chegaram a cerca de 126 milhões de pessoas ao longo de dois anos.

A empresa deveria ter feito melhor, ele escreveu, acrescentando que o Facebook está compensando o tempo perdido, desativando contas suspeitas, tornando os anúncios eleitorais visíveis para além do público-alvo e exigindo que aqueles que publicam esses anúncios confirmem suas identidades.

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