Os brasileiros estão entre os que mais usam celulares pré-pagos no mundo. É o que aponta o relatório Ding Global Prepaid Index (GPI) divulgado pela empresa de recarga de celular Ding. Foram entrevistadas 7 mil pessoas no Brasil e em outros oito países — Estados Unidos, Reino Unido, França, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Indonésia e Filipinas.
Segundo o levantamento, mais de 60% dos brasileiros usaram crédito de celular pré-pago nos últimos seis meses, dado que supera a média global de 53% e equivale a quase o dobro dos EUA e do Reino Unido.
Para 90% dos clientes pré-pagos no país, a escolha por esse tipo de serviço está relacionada com a flexibilidade de uso. Apenas 4% dos usuários disseram que fizeram essa opção por falta de uma oferta melhor das operadoras de telefonia móvel.
Apesar de os usuários brasileiros terem uma preferência pelos planos pré-pagos, ainda não é um hábito enviar ou receber créditos de celular por aplicativos ou por sites da internet. Os dados divulgados pela Ding mostram que só um em cada quatro brasileiros fez esse tipo de transferência pelo menos uma vez por semana. No Catar e nas Filipinas, por exemplo, o percentual é de 59% e 45%, respectivamente.
"Durante a pandemia, essa tendência se acelerou não apenas devido à incerteza financeira, mas também porque muitos não puderam ver seus entes queridos pessoalmente devido ao distanciamento social e às restrições às viagens internacionais", diz a CEO da Ding, Mark Roden
O motivo para enviar créditos a amigos e familiares se mostrou diferente entre as diferentes nacionalidades pesquisadas. Enquanto os brasileiros querem garantir que possam falar com familiares e amigos, os norte-americanos, os britânicos e os franceses acreditam que essa atitude faz bem para quem recebe o presente. Já os árabes acham que a atitude faz a pessoa que envio o crédito ficar mais feliz.
O estudo revela ainda que há uma demanda no Brasil por um super aplicativo que concentre diversos serviços e uma única plataforma, como o WeChat na China. Cerca de 70% dos brasileiros disseram que um aplicativo semelhante seria de interesse, enquanto apenas 8% disseram que não teria interesse.
Roden aponta a pandemia como a principal razão para o surgimento desse interesse. "Como as pessoas ao redor do mundo estão trabalhando em casa, educando seus filhos em casa e buscando opções de entretenimento em casa, é fato que o tempo que passamos no celular aumentou significativamente."
*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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