27/12/2017

Carrie Fisher morreu há um ano, porém legado como Leia continua

Carrie Fisher morreu depois de um infarto em 27 de dezembro de 2016
Carrie Fisher morreu depois de um infarto em 27 de dezembro de 2016 Reprodução

Um ano depois da morte de Carrie Fisher, no dia 27 de dezembro de 2016, o legado da atriz continua forte. A eterna Princesa Leia está no filme Star Wars: Os Últimos Jedi, e os fãs podem matar a saudade, ainda que por pouco tempo.

Carrie morreu quatro dias depois de sofrer um infarto dentro de um avião, em Los Angeles, nos Estados Unidos, 15 minutos antes do pouso. Um dia após a morte, a mãe da atriz, Debbie Reynolds, protagonista do musical Cantando na Chuva, também faleceu, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).

O futuro da saga

Apesar da morte de Fisher, os planos para o lançamento do oitavo episódio da saga Star Wars não foram afetados, já que ela tinha filmado todas as cenas de Os Últimos Jedi.

Porém, os fãs não precisarão se preocupar em ficar sem a General Organa no episódio final da nova trilogia. Billie Lourd, filha de Carrie, e Todd Fisher, irmão dela, permitiram que a Disney continue usando a imagem da atriz, mas sem efeitos especiais. 

Apesar da limitação das novas cenas com Leia, o futuro da Resistência está em boas mãos. Depois de a Princesa se tornar a primeira grande heroína da saga, a diversidade e surgimento de novas personagens femininas fortes entraram em vigor no universo de Star Wars. Rey é a protagonista do novo filme e já caiu no gosto dos fãs. Além dela, Rose Tico e a Vice Almirante Holdo foram os grandes destaques de Os Últimos Jedi.

Princesa Leia foi usada em cartazes de manifestantes durante Marcha das Mulheres, nos Estados Unidos
Princesa Leia foi usada em cartazes de manifestantes durante Marcha das Mulheres, nos Estados Unidos Reprodução/Twitter

A Princesa Leia se tornou o símbolo de resistência e rebelião além dos cinemas. Em janeiro de 2017, pouco tempo depois da morte de Fisher, durante a Marcha das Mulheres pelos Estados Unidos, a foto da princesa era frequentemente vista nos cartazes das manifestantes. 

Desde 1977, quando o primeiro filme Guerra nas Estrelas foi lançado, Leia é símbolo do feminismo e da luta das mulheres. Na época, o empoderamento feminino não estava em alta e as personagens não eram tão independentes dos homens, mas a personagem era uma guerreira rebelde e uma mulher à frente de seu tempo.

Apesar de ter morrido antes das denúncias de assédio sexual que abalaram Hollywood, Carrie já tinha se posicionado contra abusos antes, como quando defendeu a roteirista Heather Robinson de um produtor famoso. Heather contou em entrevista a um programa de rádio do Arizona (EUA) que se encontraria com um produtor vencedor de um Oscar que havia conhecido pela internet, e ele a assediou dentro do carro. Ela contou a história para Carrie, que ficou furiosa e mandou um presente inusitado ao assediador: colocou, dentro de uma caixa da joalheria Tiffany, uma língua de boi com um bilhete: "Se você voltar a tocar na minha querida Heather ou em qualquer outra mulher, a próxima entrega será algo seu em uma caixa muito menor". 

Uma princesa com defeitos

Carrie Fisher nunca escondeu que teve vícios e problemas durante a vida. Ela já revelou que, enquanto filmava os filmes de Star Wars, usava cocaína no set. Nos anos 80, a vida da atriz era regada a drogas, álcool, depressão e alguns papéis que não tiveram o mesmo êxito que Princesa Leia alcançou. Depois do sucesso do filme Harry e Sally - Feitos um para o outro, ela trocou a atuação pela escrita.

Fisher também assumiu publicamente ter transtorno bipolar e ser dependente de remédios. Na coluna que teve no jornal britânico The Guardian, ela falava aos leitores que daria conselhos baseados nas próprias experiências, que chamava de "tropeços e acidentes". 

Depois de sua morte, uma autópsia emitida pelo Instituto Médico Legal de Los Angeles confirmou que a atriz continha diversas drogas no corpo e que morreu de apneia. O irmão, Todd Fisher, disse que o laudo não era surpreendente e que as drogas eram recomendadas por médicos. “Não há nada de revelador. As drogas que ela consumia eram recomendadas por médicos para tratar seus problemas de saúde”.

Depois da divulgação do novo laudo, Billie Lourd escreveu uma carta sobre a luta da mãe contra os vícios e como ela sempre foi aberta para tratar sobre problemas mentais, além de ter sido contra os estigmas sociais que cercam essas doenças. Na mensagem, Billie afirmou que Carrie iria querer que sua morte servisse de força e incentivo às pessoas que têm medo de procurar por ajuda e tratamento.

*De Giovanna Orlando, do R7.

R7 - Jovem

0 comentários:

Enviar um comentário