Uma liga de titânio e níquel que possui memória.
Essa é a chave por trás do novo pneu que o Centro de Pesquisas Glenn, da agência espacial americana, a Nasa, revelou recentemente.
Os seus desenvolvedores estão tão certos da importância da inovação que a chamaram de "reinvenção da roda".
Mas por que ela é tão especial?
A realidade é que não há material novo nesta roda: ela é feita com uma liga de titânio e níquel que já é usada em outros objetos, como armações de óculos.
Mas ela tem sim um conceito inovador sobre o que um veículo precisa para se mover sobre rodas.
Desde meados da década passada, pesquisadores sob o comando do engenheiro Vivake Asnani estão trabalhando em uma roda de grande durabilidade para veículos usados em missões espaciais.
Depois de anos de testes, incluindo a recente visita de um carro-robô a Marte, eles apresentaram o Superelastic Tire, o pneu superelástico.
Com esta "nova" roda, o uso da borracha e de uma câmara de ar como nos pneus clássicos que conhecemos está definitivamente descartado.
Em compensação, a malha deste material é extremamente resistente, com uma importante capacidade de adaptação a diferentes terrenos e grande durabilidade.
"O resultado é um pneu que pode suportar uma deformação excessiva sem danos permanentes", disse o laboratório ao apresentar sua invenção.
Uma roda com 'memória'
A principal característica do Superelastic Tire é a "memória de formato" desta malha metálica, que permite uma adaptação a qualquer tipo de terreno e um posterior retorno ao estado original.
Os testes mostraram que esta roda pode passar por cima de grandes rochas na estrada, ou em um terreno muito arenoso, sem perder a tração.
"Estas ligas com memória de formato são capazes de sofrer uma deformação reversível de até 10%", dizem os pesquisadores.
Outros materiais têm uma capacidade de deformação entre 0,3 e 0,5%
Além disso, o novo produto promete uma melhoria na capacidade de carga de um veículo e também torna o eixo das rodas mais leve - o que diminui o peso do automóvel e, portanto, possibilita maior economia de combustível.
E pode ser usada como?
Até agora, não há estimativa de quanto custa um pneu desse tipo, pois o protótipo requer adaptações aos veículos existentes.
Mas os pesquisadores consideram que a nova invenção é "uma alternativa viável" aos pneus usados já há mais de um século.
Além dos automóveis de passeio, os veículos que podem se beneficiar dessa tecnologia são:
• Veículos militares;
• Máquinas para construção;
• Veículos de transporte pesado;
• Máquinas agrícolas;
• Aeronaves com grande capacidade de carga.
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