29/05/2018

Estudo aponta que autismo pode ser diagnosticado a partir dos 3 meses

Autismo pode ser diagnosticado a partir dos 3 meses
Autismo pode ser diagnosticado a partir dos 3 meses Crédito:Reprodução

Uma pesquisa divulgada na Scientific Reports aponta para um grande passo em direção ao diagnóstico precoce do autismo. Com um exame simples e conhecido exame, o eletroencefalograma (EEG), os especialistas conseguiram definir aos 3 meses de idade quais bebês tinham inclinação ao transtorno do espectro autista e até prever qual o grau de comprometimento.

+ Exame vai revelar o sexo do bebê com apenas uma picada no dedo
+ Bronquiolite: causas, sintomas e tratamentos

O estudo foi realizado de forma colaborativa entre o Hospital Infantil de Boston, a Harvard Medical School e a Universidade de Boston. Para chegar ao resultado, ele analisou 188 bebês, dos quais 99 tinham um irmão mais velho com autismo e 89 eram considerados de baixo risco.

Depois disso, eles foram acompanhados dos 3 aos 36 meses, quando geralmente é feito um diagnóstico assertivo. Dessa forma, os pesquisadores puderam conferir quais previsões feitas a partir do EEG estavam corretas. A taxa de precisão superou os 95% a partir dos 6 meses.

"Os resultados são impressionantes. A precisão do diagnóstico foi de quase 100% aos 9 meses de idade, inclusive, do grau dentro do espectro autista", ressalta William Bosl, um dos autores.

Uma outra vantagem é que o EEG, exame que registra a atividade elétrica do cérebro por meio de eletrodos afixados nos couro cabeludo, tem baixo custo, não é nada invasivo e sequer exige que a cabeça do bebê seja raspada.

Vale lembrar que um novo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CD), dos Estados Unidos, mostrou um aumento de 15% no número de crianças que fazem parte do transtorno do espectro autista (TEA) em relação aos dois anos anteriores. Isso significa 1 caso para cada 59 crianças (estimativas de 2014, divulgadas agora) contra 1 em cada 68 (estimativas de 2012, divulgadas em 2016).

A parte legal desse diagnóstico precoce é que ele pode ajudar a diminuir a angústia dos pais, que chegam a esperar anos por uma resposta, e preparar essa família quanto à melhor formar de amparar e educar a criança.

Estudos demonstram que a intervenção precoce pode ser definitiva para que algumas barreiras do desenvolvimento da criança autista, como a comunicação e comportamental, sejam superadas.

Gostou desse artigo? Siga o Pai Moderno

Paternidade Participativa

Facebook

Twitter

Instagram

0 comentários:

Enviar um comentário