26/08/2019

Previna-se contra falsos agentes de saúde e prestadores de serviços

Imagem: Pixabay
Imagem: Pixabay Programa Inova 360

Por Fernando Koda

Há muito tempo que pessoas interessadas em praticar crimes em residências e comércios, de uma forma geral, utilizam o recurso do disfarce, normalmente se fazendo passar por funcionários de empresas e instituições respeitadas e que os serviços são praticados em campo. Os meliantes se aproveitam da credibilidade que essas possuem para obter facilidade no acesso ao interior desses cenários para praticarem, além do estelionato, crimes como furto e roubo entre outros.

Afinal, quem nunca precisou dos serviços prestados por empresas como energia elétrica, água tratada, TV por assinatura, entrega de correspondências, medicamentos, alimentos e averiguação de locais de risco à saúde pública?

Os estelionatários procuram por vítimas mais idosas ou pessoas mais simples para enganar, por meio de conversas e ações bem ensaiadas.

No último dia 14 de agosto, na região de Parada de Taipas, segundo uma matéria publicada pela Rede Record, no portal R7, um casal de falsos agentes da saúde trajado de jalecos brancos e falsos crachás de identificação, alegando realizar serviço de prevenção contra o sarampo, adentrou o condomínio e conseguiu acessar o interior de uma residência. Lá os falsos agentes fizeram por vítima uma idosa de 75 anos, que estava sozinha e que relatou ter sofrido prejuízos de R$ 3.000,00 de sua conta bancária, em quatro compras online, além de objetos pessoais.

Procuramos pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo que em nota nos informou que “o caso citado foi registrado como estelionato e é investigado pelo 74º DP (Jaraguá). A vítima foi ouvida e as imagens são analisadas pela equipe policial, que trabalha para identificar os autores”. A nota diz ainda que “é importante que as pessoas se atentem à solicitação de estranhos, não repassem dados bancários ou informações pessoais para desconhecidos, confirmem eventuais visitas técnicas com as empresas concessionárias ou operadoras e, caso tenham sido vítimas de uma ocorrência de estelionato, procurem a delegacia mais próxima para que os fatos sejam devidamente registrados e investigados. ”

Não podemos deixar de ressaltar a importância dos trabalhos dos agentes de saúde junto à população e para que os resultados de combate e prevenção de doenças e epidemias sejam bem sucedidos é necessário que todos ouçam e contribuam com as orientações desses profissionais.

Em Nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “repudia veementemente o uso da confiança da sociedade nos agentes de saúde para cometer atos criminosos.  Isto atinge não só a vítima, mas provoca danos à saúde pública. O órgão esclarece que os agentes de saúde não agem da forma que os criminosos citados na reportagem do portal R7 agiram, inclusive, a campanha do sarampo na capital não prevê a vistoria de domicílios”. Ainda em nota, esclarece que “os profissionais utilizam coletes azuis e carregam identificação e o trabalho se desenvolve da seguinte forma: no primeiro contato com uma família, o ACS (Agente Comunitário de Saúde) preenche uma ficha de cadastro composta por diversas perguntas referentes ao domicílio e a cada integrante daquela residência. Esse documento é chamado de cadastro familiar, que funciona da forma mais detalhada possível. ”

Dicas básicas que ajudam na prevenção

Utilizando o cenário da ocorrência acima, que foi um condomínio, é importante saber:

– Os agentes de saúde correspondem à Unidade Básica de Saúde (UBS) da sua região, portanto, em caso de dúvidas, antes que os agentes acessem o condomínio, entre em contato com a UBS para confirmação dos dados do agente e o trabalho que está sendo realizado.

– Solicite o crachá de identificação e um documento com foto para confirmação.

– Treine periodicamente seus profissionais de portaria para que saibam como se comportar diante de situações como essa.

– Importante que moradores e usuários, durante o seu acesso, não permitam que pessoas que estejam sendo identificadas adentrem o condomínio sem a devida triagem e liberação dos porteiros.

– Observe os uniformes conforme os descritos pela Secretaria Municipal de Saúde.

– Em casos de recusa do agente em se identificar através do crachá e um documento com foto, o porteiro deverá impedir o acesso e acionar a Policia Militar através do telefone 190.

– Um vigilante ou zelador em distância segura deve acompanhar os agentes durante as operações e acesso a algum apartamento autorizado pelo proprietário.

Estes cuidados são muito importantes para evitar novos casos como estes.

 

Fernando Koda assina a coluna “Segurança com Fernando Koda”, no Inova360, parceiro do R7. Ele é especialista em segurança patrimonial e está à frente da Implanta Solução em Segurança.

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fernando@implantasolucaoemseguranca.com.br

 

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