O Google impediu planos de grupos de mídia da Europa que pretendiam impedir a coleta de dados de leitores pela empresa e reduzir parte do domínio da companhia sobre a publicidade online, disseram sete pessoas envolvidas nas discussões.
As editoras esperavam usar as medidas de privacidade de dados que entrarão em vigor em 15 de agosto para impedir o Google de armazenar informações sobre os leitores, minando a vantagem de dados que lhe permitiu dominar um mercado cheio de anunciantes famintos por informações sobre potenciais clientes.
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Mas o Google disse que cortará os editores de um fluxo lucrativo de anúncios se eles continuarem restringindo sua coleta de dados. As negociações continuam, mas o Google possui uma vantagem, porque domina as ferramentas de publicidade e o acesso aos anunciantes no mercado global, que vale 100 bilhões de dólares.
"Você precisa implementar basicamente o que (o Google) espera de você ou está fora do mercado — você não pode ficar sem eles", disse Thomas Adhumeau, consultor jurídico da S4M, que compete com o Google com um software para anunciantes.
O Google repetidamente se aproveitou dos proprietários de sites e seus concorrentes na última década para garantir seu domínio. Em vários casos, as editoras contornaram o Google para conseguir preços mais altos para anúncios, apenas para ver o Google se reafirmar como uma ferramenta indispensável.
Rivais da empresa e produtores de conteúdo afirmam que algumas das ações do Google foram ilegais e anticompetitivas, e as autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Austrália este ano estão considerando aplicar sanções, com alguns sugerindo até desmembramento do Google.
O Google descreve o setor de anúncios online como competitivo e afirma que suas políticas visam alinhar as leis de privacidade da União Europeia com o funcionamento de suas ferramentas de anúncios.
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