Pesquisadores da Washington State University (WSU), dos Estados Unidos, criaram um método que tem a capacidade de transformar o polietileno, o tipo de plástico mais barato e mais utilizado no mundo, em combustíveis de aviação em menos de uma hora.
O estudo foi publicado na última segunda-feira (17) na Chem Catalysis, revista especializada na publicação de estudos sobre catálise de produtos.
O polietileno é muito usado para a produção de sacolas plásticas de supermercados, na embalagem de alimentos, em garrafas pet e em diversos outros produtos, representando cerca de um terço de todos os objetos plásticos produzidos em escala mundial.
Para fazer a transformação, os cientistas utilizaram um catalisador, substância responsável pela aceleração de uma reação química, à base do elemento químico rutênio e um solvente que é bastante utilizado neste tipo de processo.
A maior diferença do que os especialistas da WSU fizeram para outros métodos que já são usados foi o pouco tempo que o procedimento levou para ser concluído. Os pesquisadores conseguiram converter cerca de 90% do plástico usado nos testes em combustível de aviação em menos de uma hora, a uma temperatura de 220°C, considerada baixa para a realização deste tipo de processo.
“A aplicação deste processo eficiente pode fornecer uma abordagem promissora para a produção seletiva de produtos de alto valor a partir de resíduos de polietileno”, destacou Hongfei Lin, um dos autores do estudo, em entrevista ao Daily Mail.
A equipe responsável pela pesquisa entende que o processo também pode ser usado para converter outros tipos de plástico em combustível.
O novo método desenvolvido pelos cientistas da Washington State University é uma alternativa interessante para a indústria porque a reciclagem mecânica de derretimento de plástico, embora mais barata, faz com que o produto final tenha menor qualidade.
No que diz respeito à reciclagem química, ela dá origem a produtos com maior qualidade, mas a necessidade de altas temperaturas e um longo tempo de processamento faz com que o procedimento completo se torne mais caro.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Fábio Fleury
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