Muitas pessoas tiveram a primeira experiência de trabalhar em casa, o chamado home office, devido às restrições causadas pelo isolamento social, medida adota em muitos países para conter os casos de covid-19.
Essa nova realidade fez com que as empresas disponibilizassem equipamentos para seus funcionários trabalharem em casa. No entanto, nos casos em que os patrões não conseguiram oferecer essa estrutura para as atividades seguirem mesmo fora do escritório, foi necessário adquirir equipamentos e móveis novos ou consertar os antigos para manter a rotina.
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Durante a pandemia, o ramo de aluguel de itens e equipamentos de escritório registrou um aumento na procura pelos serviços. A Aluga.com registrou um aumento de mais do que 200% nas buscas do Google por “aluguel de notebook”, em que a empresa aparece como resultado da pesquisa, e os acessos ao site cresceram cerca de 300%.
“O home office é um detalhe interessante porque antes só fazíamos entrega em escritórios, mas ampliamos nossa logística para atender na casa das pessoas e colaboradores das empresas que contratam nossos serviços durante a pandemia. Crescemos 30% em 2020. Em 2021, já estamos beirando os 70% de crescimento, podendo até passar dos 100% com nosso plano de ações para os próximos meses”, destacou Ricardo Marcelino, fundador da Aluga.com.
Ricardo acredita que mesmo após a pandemia a busca pelos serviços de sua empresa vai continuar aumentando, isso porque o home office será a realidade para muitos profissionais mesmo após a vacina.
“O custo de investimento é muito menor e a gestão do serviço de locação é muito mais simples e ágil. Com a manutenção de equipamentos e logística rápida, a empresa não precisa ter ninguém interno para gerenciar a compra e manutenção. Essa agilidade é muito importante para os nossos clientes, e é o fator principal deles renovarem o contrato de locação”, afirma o empresário.
Cadu Guerra, CEO da Allugator, aposta no desapego da ideia de compra dos produtos para alcançar cada vez mais clientes.
“A gente nem usa tanto o termo aluguel porque ele muitas vezes remete a uma coisa temporária. A ideia que a gente quer transmitir é de que o produto é da pessoa enquanto ela estiver com o contrato vigente”, diz.
A startup mineira tem como carro-chefe a aquisição temporária de smartphones na sua plataforma online, com contratos relacionados a estes produtos representando cerca de 80% do total das assinaturas solicitadas.
De acordo com o CEO da empresa, o ritmo de crescimento na busca por este tipo de serviço já estava aumentando até mesmo antes do início da pandemia, mas ele também destaca que o período de restrições alavancou as buscas pela plataforma.
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“Há algumas semanas, captamos mais da metade do valor que arrecadamos no ano de 2020 inteiro, isso em apenas em uma semana”, afirma Cadu, destacando que o período de quarentena ajudou também no crescimento da Allugator.
Segundo o diretor executivo, o aumento nas buscas por esse tipo de serviço tem relação com uma mudança no perfil de consumo dos brasileiros, no qual mais pessoas estão preferindo um serviço de assinatura do que comprar um determinado produto.
“Ao invés de comprar um celular de uma empresa que não possui o melhor modelo e ter de revendê-lo no futuro perdendo dinheiro em relação ao valor pelo qual adquiriu, muitas pessoas estão optando por ter o melhor celular disponível no mercado e, quando ela quiser trocar, basta avisar a empresa”, completa.
As pessoas podem adquirir smartphones da Samsung e iPhones na plataforma da Allugator, com serviços de assinatura que vão de R$ 1.491 a R$ 4.356 por ano.
Além dos produtos eletrônicos, existe também o serviço de aluguel de móveis para quem precisa de mais conforto durante o trabalho em casa.
“A pandemia trouxe um cuidado e um olhar muito mais voltado para dentro da casa das pessoas. Antes elas passavam pouco tempo na sua residência e o isolamento mudou isso”, destaca Pamela Paz, fundadora da Tuim.
A empresária destaca que a pandemia aumentou muito a procura e a visibilidade do modelo de assinatura de móveis para home office, e que as cadeiras ergonômicas são os produtos mais procurados.
De acordo com Pamela, as incertezas que atingem as pessoas no atual contexto fazem com que muitas delas não optem por adquirir os móveis de maneira definitiva.
“Tudo está mudando muito rápido. Por conta disso a gente vê muitas pessoas com uma incerteza sobre o que vai ser o ano que vem, se estarão ainda no home office ou não, por exemplo. Logo, muitas delas optam por assinar os móveis ao invés de comprá-los”, afirma.
A fundadora da Tuim também aposta em uma mudança do consumidor brasileiro em relação a se desapegar da ideia de posse para investir em produtos com mais qualidade.
“Os cidadãos estão cada vez mais buscando viver com a aquisição temporária do que com a ideia de propriedade. E, ao trabalhar com a assinatura, as pessoas podem consumir com maior qualidade e de maneira mais sustentável”, destaca.
A Tuim disponibiliza o aluguel de cadeiras para trabalhar em casa com valores anuais que vão de R$ 480 a R$ 1.356, com opções diversas opções de parcelamento.
Os consumidores que buscam serviços de assinatura de equipamentos para o home office podem pensar na questão da segurança dos seus dados e informações pessoais no caso de smartphones e computadores e tamém na higienização destes produtos e dos móveis, principalmente por conta da pandemia de covid-19.
No caso da Allugator, Cadu destaca que os clientes sempre são aconselhados a formatar o celular antes de devolvê-lo à empresa. Além disso, assim que o aparelho retorna ao estoque profissionais realizam laudos técnicos para se certificarem de que o dispositivo está em perfeito estado, e também para que haja uma higienização do produto antes dele entrar novamente em circulação.
A Aluga.com também higieniza completamente os computadores e elimina totalmente os dados restantes dos usuários antes do produto voltar à fábrica. "Usamos um software para erradicar os dados restantes dos consumidores e emitimos um certificado disso caso o cliente solicite", afirma Ricardo Marcelino.
No caso da Tuim, a questão passa exclusivamete pela higienização dos móveis para eliminar qualquer chande de haver contaminações por meio dos produtos contratados. "Quando os móveis retornam, a gente tem todo um processo de higienização e desinfecção dels. Após isso, a gente embala o objeto e coloca ele novamente para ser adquirido”, destaca Pamela.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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