Ele serve como prêmio por bom comportamento. Está nas bebidas industrializadas e guloseimas. Normalmente associado como algo bom, usado como demonstração de amor, o açúcar é aquele vilão que ser traveste de mocinho, enganando a todos e causando dependência, diabetes, sobrepeso, além de diversos outros males, tanto para adultos quanto para os pequenos.
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Passou da hora de excluir ao máximo o açúcar do cardápio da vida das crianças.
Se ainda não se viu convencido disso, vou exemplificar com a explicação da nutricionista Paola Preusse, do blog Maternidade Colorida, de como ele age no corpo humano.
O açúcar aumenta os níveis de hormônios como a dopamina e a serotonina, que causam uma momentânea sensação de bem estar, mas com a liberação da insulina, esse estado de excitação passa rapidamente, e a pessoa sente vontade de comer mais açúcar, portanto, o açúcar pode viciar.
Agora pensa, se com adultos esse processo acontece, o que dirá no organismo da criança?
“Os doces, chamados de calorias vazias, não oferecem benefícios em todas as faixas etárias”, orienta a presidente do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dra. Virginia Weffort.
A indústria acaba se aproveitando de diversos tipos de açúcar, especialmente sacarose, xarope de glicose e xarope de milho, que são altamente desnecessários para a saúde, pois prejudicam o metabolismo dos carboidratos e também das gorduras, elevando rapidamente a glicose no sangue e favorecendo o acúmulo de gordura corporal e sanguínea.
Além do benefício nutricional zero, os especialistas enfatizam que o doce pode provocar cáries dentárias, obesidade e complicações como diabetes e deficiências de micronutrientes, principalmente ferro.
O resultado é seu pequeno deixando de lado os alimentos saudáveis para se entupir de doces.
Existe até recomendações internacionais para o consumo de açúcar para os pequenos até os 18 anos.
A Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) lançou pela primeira vez uma recomendação sobre consumo de açúcar por crianças e adolescentes. De acordo com a nova diretriz, publicada no periódico científico Circulation, crianças e adolescentes de 2 e 18 anos devem ingerir, no máximo, 25 gramas (100 calorias) de açúcar adicionado por dia, o que equivale a seis colheres de chá. Bebês com menos de dois anos não devem consumir nenhum açúcar adicionado.
O açúcar adicionado é qualquer ingrediente adoçante que contém calorias, como açúcar, xarope de milho, frutose, mel ou melaço, adicionado aos alimentos durante o processamento industrial ou preparo. O limite estabelecido pela associação se refere apenas ao açúcar adicionado e não ao natural, encontrado em alimentos como frutas, sucos integrais ou leite, e equivale aproximadamente a um pedaço de bolo de fubá, 240 ml de refrigerante ou 40 gramas de chocolate ao leite.
Adultos e crianças são atraídos pelo açúcar porque estes itens industrializados normalmente veem em embalagens coloridas, maneiras, junto com comerciais bem atrativos, que instigam não somente o paladar, mas o olfato e o campo visual.
E como acabar com a dependência do seu filho com açúcar?
É preciso deixar de usar a substância como um prêmio por bom comportamento ou relacioná-lo como sinônimo de amor. Depois, reduzir drasticamente o consumo em casa e fora dela.
Caso seu filho estiver passando dos limites do consumo de açúcar, o primeiro passo deve ser conversar com a criança para explicar os problemas que isso pode gerar. Depois, trocar os alimentos aos poucos, substituindo um chocolate por alimentos doces, como uma fruta, e assim sucessivamente.
Lembre-se que o exemplo começa por você!
Educar o paladar do seu filho é um papel seu também. Ele vai comer o que aprender comer. Se você servir de exemplo, incorporando uma alimentação saudável em casa e com todos os membros é muito mais fácil que seu filho cresça e assimile esta metodologia para a vida dele.
É melhor corrigir o quanto antes hábitos alimentares ruins e beneficiar a saúde de todos por isso do que ter que recorrer a remédios e tratamentos de saúde em um futuro próximo!
Fonte: Maternidade Colorida
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