O co-fundador e CEO da WhatsApp, Jan Koum, planeja deixar seu posto na direção do Facebook, em mais um episódio relacionado ao escândalo de vazamento de dados de usuários da rede social.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal The Washington Post, Koum entrou em conflito com o Facebook — que controla o WhatsApp desde 2014 — sobre a estratégia para o aplicativo e, principalmente, sobre a manutenção da criptografia das mensagens e o uso de dados de usuários do aplicativo de troca de mensagens.
Em post no Facebook, Koum afirmou que "já faz quase uma década desde que Brian [Acton] e eu iniciamos o WhatsApp, e tem sido uma jornada incrível com algumas das melhores pessoas, as é hora de seguir em frente".
Brian Acton deixou a empresa de serviços de mensagens em setembro para iniciar uma fundação, depois de passar oito anos com o WhatsApp.
Durante o escândalo envolvendo o vazamento de informações privadas de 87 milhões de usuários do Facebook para a Cambridge Analytica, a empresa de marketing político ligada à campanha de Donald Trump, Acton endossou campanha #DeleteFacebook.
A independência e a proteção dos dados de seus usuários é um princípio fundamental do WhatsApp que Koum e seu co-fundador, Brian Acton, prometeram preservar quando venderam sua pequena startup para o Facebook.
O confronto entre as empresas adquiriu significado adicional na esteira das revelações em março de que o Facebook havia permitido que terceiros manipulassem de forma inadequada as informações pessoais de seus usuários.
Acton e o imigrante ucraniano Jan Koum co-fundaram o WhatsApp em 2009. A compra do aplicativo foi a maior já feita pelo Facebook, que pagou US$ 19 bilhões em dinheiro e ações.
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