Ouvir o som de alguém mastigando a comida é um incômodo muito grande para algumas pessoas, essa irritação diante de alguns sons repetitivos é conhecida como misofonia.
Cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, fizeram um estudo para descobrir qual a origem desse irritação com sons como batidas de lápis, gotas de água e outros ruídos cotidianos e repetitivos. Os resultados foram divulgados em artigo publicado na Society for Neuroscience na última sexta-feira (21).
Análises do cérebro dos voluntários que tinham misofonia mostraram que, no momento que escutavam alguns sons de gatilho, como definem os cientistas, a região do cérebro que processa essas informações estava muito conectadas com o córtex pré-motor, responsável pelo movimento dos músculos da boca e da garganta.
“O que estamos sugerindo é que na misofonia o som do gatilho ativa a área motora, embora a pessoa esteja apenas ouvindo o som. Isso faz com que ela sinta que os sons estão tomando conta dela”, destacou o Dr. Sukhbinder Kumar, neurocientista da Universidade de Newcastle, no artigo publicado no dia 21.
Os resultados fizeram os cientistas constatarem que esses sons ativam os neurônios espelho do cérebro, que são disparados no momento em que alguma pessoa realiza alguma função ou escuta alguém emitindo barulhos.
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Os pesquisadores ressaltam que descobrir que a misofonia tem uma relação com a capacidade motora do indíviduo pode ser um paso rumo ao tratamento de quem sofre com essas situações.
Isso porque os neurônios espelho podem receber uma espécie de treinamento em terapias para que pessoas com misofonia possam lidar melhor com alguns sons do cotidiano que são considerados desagradáveis.
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