O Facebook revelou nesta terça-feira (24) que deletou várias páginas da plataforma que expressavam opiniões favoráveis ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a partir de uma visão americana, mas que, no entanto, tinham origem na Ucrânia.
A rede social mais usada do mundo justificou a decisão com base nos critérios de "spam", publicidade agressiva e de identidade falsa na plataforma. A maior página deletada, batizada como "I Love América", tinha 1,1 milhão de seguidores e usava repetidamente termos como "nosso país" e "nosso Exército", como se os autores fossem americanos.
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A página também compartilhava conteúdos patrióticos curtidos por apoiadores do presidente, como a bandeira dos EUA, imagens do Exército, mensagens de apoio ao porte de armas. Além disso, a "I Love América" publicava notícias falsas.
"'I Love América' e as demais páginas não respeitavam nossas políticas contra 'spam' e contas falsas. Seguimos investigando outras possíveis violações", disse o Facebook em comunicado.
A página mais popular entre as deletadas seria gerenciada por uma equipe liderada pelo estrategista de mídia Andriy Zyuzikov na Ucrânia. Além disso, alguns integrantes do grupo estariam no Cazaquistão e na França.
A oposição democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos anunciou hoje que abrirá um processo de impeachment contra Trump por ter traído à segurança nacional.
O processo foi motivado pela revelação de que ele bloqueou o repasses à Ucrânia para coagir o presidente do país, Vladimir Zelenski, a investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, que disputa as primárias democratas ser o candidato do partido nas eleições de 2020.
Os detalhes de uma conversa por telefone entre Trump e Zelenski foram sendo divulgadas aos poucos pela imprensa americana, relevando como o presidente americano teria pressionado Kiev a investigar Biden para ter ganhos políticos nas próximas eleições.
Trump chamou o processo de "caças às bruxas" e prometeu divulgar a transcrição completa da conversa que teve com Zelenski.
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