24/09/2019

Golpes com cartões e maquinetas: os mais praticados e como se prevenir

Imagem: Pixabay
Imagem: Pixabay Programa Inova 360

Por Fernando Koda

Nos dias atuais, portar dinheiro para realização de transações financeiras tem se sido cada vez menos corriqueiro, à sombra dos riscos que esta prática pode proporcionar. Em virtude disso, a substituição do dinheiro por cartões de crédito ou débito tem feito parte do hábito dos brasileiros para efetuarem suas compras e seus pagamentos.

Diante deste cenário, cresce muito a oferta de maquinetas de cartões para intermediar esses pagamentos possibilitando aos comerciantes maior rentabilidade em se tratando de manter a venda para este público que prefere não utilizar o dinheiro em espécie.

Por outro lado, cresce também a criatividade dos estelionatários em desenvolver golpes que prejudicam muitas vezes o comerciante causando enorme prejuízo financeiro que pode ser percebido após o fechamento do mês.

Nesse artigo vamos tratar do assunto relacionado a golpes de estelionatários em estabelecimentos comerciais, quais os mais praticados e como se prevenir nesse processo.

Existem hoje no mercado, inúmeras práticas de golpes que geram transtornos financeiros aos comerciantes, optamos por duas mais utilizadas.

Cancelamento da venda ou compra

As vítimas desse tipo de golpe normalmente possuem produtos de valores mais elevados e, pode ocorrer com ou sem a participação conivente de uma pessoa que faça parte do processo de recebimento da organização.

Um vídeo tem sido muito divulgado nas redes sociais nos últimos dias, apresentando um caso em que uma dupla de fraudadores homens efetua o que deveria ser o pagamento devido no caixa de um estabelecimento comercial, porém, o fraudador coloca o cartão na maquineta oferecida pelo funcionário do caixa e, primeiramente, testa a senha padrão do equipamento ao invés de inserir a sua senha do cartão, ao perceber ter sido bem sucedido então cancela a transação e informa ao atendente que não deu certo. O atendente, então, por sua vez, reinicia a operação digitando novamente o valor e devolve a maquineta ao suposto cliente fraudador que, através da senha correta do cartão, aprova normalmente o pagamento, ele retira o comprovante impresso, em seguida, agilmente, entra na opção específica e com a senha padrão da maquineta cancela a venda, ficando com o comprovante do cancelamento como se fosse a sua via, retira o cartão e devolve a maquineta ao atendente com o comprovante de pagamento.

Substituição indevida de maquineta

A exemplo do caso anterior, este golpe também ocorre com ou sem a participação de uma pessoa envolvida no processo de recebimento da organização, porém, não está normalmente relacionada a produtos de valores mais altos sendo, inclusive, mais praticados em estabelecimentos que ofereçam produtos de menor valor financeiro e maior rotatividade. Quando praticado por um agente interno, ele mesmo substitui o equipamento se aproveitando da ausência de observadores ou, das fragilidades de segurança da organização como, por exemplo, falta de câmeras de segurança próximas ao local ou se utilizando dos pontos cegos (pontos não assistidos pelas câmeras) que ele tenha conhecimento.

Não havendo a participação do agente interno, é comum que o fraudador aja com o apoio de uma segunda pessoa um parceiro do crime para auxiliar na distração do atendente no momento da operação.

Normalmente estes fraudadores utilizam trajes e comportamentos que não despertem desconfiança do atendente.

Durante a operação de pagamento, um dos fraudadores identifica previamente o modelo da maquineta e retira de sua bolsa uma, semelhante, utilizando os objetos próximos ao caixa como, por exemplo, displays ou  outros produtos e sua própria bolsa para esconder dos olhos do atendente o seu equipamento e a transação e, juntamente com a atendente, inicia o processo de pagamento digitando o valor da compra.

Ao receber a maquineta da atendente, retira o equipamento do seu campo de visão e insere o seu cartão na maquineta da fraude, guardando a maquineta do estabelecimento em sua bolsa e devolvendo ao  atendente a sua já sabendo que o pagamento não será aprovado, diz ao atendente que não deu certo e que pretende pagar em dinheiro.

A partir do momento em que a maquineta é substituída todos os pagamentos efetuados nesta maquineta irão diretamente para uma conta do fraudador gerando um prejuízo imensurável.

Como prevenir

– Busque sempre orientar seus colaboradores sobre a necessidade da atenção no momento do pagamento.

– É importante que cada equipamento do estabelecimento tenha uma conferencia diária sobre as transações efetuadas; existem algumas plataformas que oferecem este serviço e permitem inclusive que acompanhe os cancelamentos.

– Altere a senha padrão do equipamento e crie uma própria.

– Evite deixar objetos próximos ao caixa que impeçam a visão dos atendentes ou prejudiquem as imagens das câmeras.

– Iluminação e câmeras nos locais de pagamento auxiliam na segurança do processo.

 

Fernando Koda assina a coluna Segurança com Fernando Koda, no Inova360, parceiro do R7. É especialista em segurança patrimonial e está à frente da Implanta Solução em Segurança.

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fernando@implantasolucaoemseguranca.com.br

 

 

 

 

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