30/12/2020

Ano de 2020 será lembrado por seus eventos climáticos extremos

O ano de 2020 foi marcado por alguns eventos climáticos que impactaram deferentes regiões do planeta. O clima neste ano apresentou algumas situações históricas, como a mais intensa temporada de furacões no Atlântico desde 2005, e até uma nuvem de gafanhoto que invadiu países na América do Sul por conta das altas temperaturas e do tempo mais seco

De acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2020 foi um dos três mais quentes da história, desde que iniciaram-se as medições globais de temperatura, em 1850. De acordo com a OMM, a temperatura média global foi 1,2°C mais alta neste ano. O mesmo relatório apontou também que que o período entre 2011 e 2020 é a mais quente da história.

Entre maio e junho, uma nuvem de gafanhotos atingiu regiões do Paraguai, Argentina, e ameaçaram a região Sul do Brasil. O fenômeno, pouco comum, é formado por diversos fatores, como temperaturas mais altas e tempo mais secos, e o fato de, em algumas circunstâncias, tornarem-se insetos gregários (que andam em "bando") visando a sua reprodução. Essa nuvem não oferece perigo diretamente para humanos ou animais, mas ela devasta a agricultura dos locais por onde passa, impactando bastante a vegetação.

O período entre julho e outubro deste ano marcou recordes de incêndios no estado da Califórnia. Foram mais de 800 mil hectares destruídos, uma área de equivalentes a cinco cidades de São Paulo. Mais de 50 mil pessoas tiveram de deixar suas casas, e cerca de 15 bombeiros locais lutaram para combater os focos de incêndios. Na época do ano em questão, a vegetação local fica muito ressecada e recebe ventos muito quentes, fazendo com que o fogo se espalhe mais rápido.

Ao longo de 2020, o evento climático que mais impactou os brasileiros foram as queimadas no pantanal. De janeiro a outubro, mais de 4,1 milhões de hectares do bioma foram destruídos, de acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa). Isso significa que quase 30% do Pantanal brasileiro foi destruído neste período. Neste ano, foram verificados mais de 21,4 mil focos de incêndios na região, um recorde desde os anos 90. 

Em 2020 também houve uma histórica temporada de furacões formados no Oceano Atlântico, atingindo principalmente a América do Norte e a Europa. Considerada a maior da história, a temporada contou com 29 furações entre junho e novembro, quebrando o recorde de 2005, quando foram formadas 28 temporadas do tipo, de acordo com a organização Meteorológica Internacional. 

O degelo na região o Ártico, principalmente na Groenlândia, também marcou bastante 2020. De acordo com o Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA (NSIDC), a extensão de mar congelado atingiu o mínimo de 3,74 milhões de quilômetros quadrados em setembro, ficando atrás apenas de 2012, quando o gelo marinho na região foi reduzido a 3,39 milhões de quilômetros quadrados. 

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