O Twitter confirmou que as contas oficiais da Presidência da República dos EUA vão perder seus milhões de seguidores antes de serem transferidas para o governo de Joe Biden, eleito neste ano o novo presidente do país.
A equipe de Biden havia questionado o plano da rede social, mas a empresa afirmou que sua decisão é "inconstestável".
A determinação é uma mudança em relação à última transição presidencial no país, em 2016, quando o Twitter concordou com o pedido de Donald Trump para que ele "herdasse" os seguidores de Barack Obama.
"Em 2016, o governo Trump absorveu todos os seguidores do presidente Obama no Twitter, nas contas @POTUS (sigla para presidente dos Estados Unidos em inglês) e @WhiteHouse (Casa Branca)", disse no Twitter Rob Flaherty, diretor de redes sociais da equipe de Biden, na segunda.
"Em 2020, o Twitter nos informou que agora o governo Biden vai ter que começar do zero."
A nova política da empresa também vai afetar a conta oficial da primeira-dama, @FLOTUS.
O Twitter afirmou que as pessoas que seguem as contas presidenciais existentes serão notificados que elas estão sendo arquivadas e serão questionados se querem seguir as novas contas do governo Biden.
A conta pessoal de Joe Biden, que tem 21,7 milhões de seguidores, não será afetada pela transferência de contas.
Engajamento
O presidente Donald Trump é conhecido por usar suas contas no Twitter — tanto a pessoal quanto a oficial da presidência — para gerar engajamento de seus eleitores. Durante seus quatro anos na Casa Branca, ele postou mais de 50 mil mensagens no Twitter.
No entanto, de acordo com o site Factbase, que monitora perfis no Twitter, Trump perdeu mais de 369 mil seguidores em sua conta pessoal desde novembro.
Nesse mesmo período, o presidente eleito Joe Biden ganhou mais de 2,6 milhões de seguidores.
A especialista em marketing digital Rebecca Lodge, da empresa Start Up Disruptors, disse que decisão do Twitter pode ser uma "estratégia inteligente" da rede social.
"Com muitos dos 'fãs' de Trump podem ser bem fanáticos, (a decisão) pode ser uma estratégia inteligente do Twitter para garantir que postagens negativas e cheias de ódio sejam 'neutralizadas' antes de o presidente eleito assumir seu cargo", afirma Lodge.
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