31/12/2020

Músicas ativam diferentes partes do cérebro humano, diz estudo

O cérebro humano age de maneira diferente ao receber músicas tristes e alegres
O cérebro humano age de maneira diferente ao receber músicas tristes e alegres Freepik

Não é novidade que as músicas acompanham as pessoas enquanto elas expressam as mais diferentes emoções, como felicidade, tristeza, angústia e alegria. Mas um grupo de pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, descobriu que as músicas podem causar alterações nos córtex auditivo e motor dos humanos.

Para fazer tal constatação, os cientistas contaram com 102 voluntários, que foram convidados a ouvir música instrumental por algum tempo. Enquanto eles realizavam essa audição, os pesquisadores usaram uma máquina de ressonância magnética funcional para mapear quais regiões do cérebro eram ativadas de acordo com a música tocada.

Por meio desta análise do cérebro dos ouvintes, o grupo de especialistas conseguiu perceber se eles estavam escutando canções alegres ou tristes. Um ponto importante deste processo é que os indivíduos foram orientados a ficarem imóveis durante a audição, para que seus movimentos não pudessem dar dicas sobre o estilo da composição que estavam ouvindo.

A pesquisa indicou que o córtex auditivo foi ativado porque é essa região do cérebro a responsável pela nossa habilidade de perceber diferentes tipos de sons. Logo, é também nesta região onde são processados os elementos acústicos fornecidos por uma música, como ritmo e melodia.

No que diz respeito ao córtex motor, mesmo os voluntários sendo solicitados para ficarem imóveis, essa região cerebral também foi ativada com as canções. Isso porque, de acordo com os pesquisadores, o córtex em questão é o responsável pela execução de movimentos voluntários e, ao escutarem as músicas, os voluntários tinham sensações de movimentos.

O estudo dos cientistas da Universidade de Turku também revelou que há uma diferença nas regiões do cérebro ativadas quando assistimos filmes ou ouvimos músicas. No primeiro caso, por exemplo, são ativadas regiões mais profundas, e que regulam emoções em situações da vida real.

Já no caso das músicas ,não houve nenhum tipo de ativação de regiões mais profundas. De acordo com os pesquisadores, isso se deve ao fato de os filmes reproduzirem de maneira mais realista os eventos da vida que despertam emoções, ativando, assim, uma diversidade maior de mecanismos de emoções da vida real.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Paulo Guilherme

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