Terminamos Floripa no sábado. Vai dar pra voltar pra casa mais cedo esta semana.
Dois espetáculos sensacionais por aqui. O clima esteve chuvoso e só comemos. Meu Deus, como comemos!
Frutos do mar, frutos do mar.
Eu, que nunca bebo, cheguei a tomar duas taças de vinho. Foi bom, muito bom.
Agora é hora de voltar pra casa porque amanhã cedinho começam as gravações do especial de final de ano da Record.
Tudo se encaixando perfeitamente, mas não foi sorte, não. Foi mesmo muita generosidade da Record e do pessoal da produção marcar as gravações exatamente para a semana que não terei teatro. Só voltamos com a peça dia 8 de novembro, em Belém. E eu termino as gravações dia 7.
A melhor forma de agradecer a todos será mergulhar de cabeça esses dias. Vou cair de corpo e alma para me divertir bastante e conseguir um ótimo resultado.
Trata-se de um texto do querido Marcílio Moraes, que adaptou 3 contos do Thomas Mann, justamente quando vivemos o ano da Alemanha no Brasil. Vai ser uma experiência dramática muito interessante. Estamos todos excitados para viver esses dias.
Chama-se O Amor e a Morte.
__________
Hoje é dia do Renato Consorte, que morreu em 2009.
Um ator/comediante da maior importância, Renato Consorte participou de algumas das mais importantes obras do teatro e da TV no Brasil.
Há na vida dele um episódio impressionante: foi um dos poucos sobreviventes de um desastre aéreo perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, embora tenha ficado com pequenas sequelas aparentes.
Engraçado pra chuchu, tive oportunidade de conhecer o Renato Consorte quando era bem menino, bem menino. Eu guardo esse episódio com o maior carinho. Eu devia ter uns 15, 16 anos e tinha ido ver uma peça no Teatro Itália, em São Paulo. Renato era ator famoso que já tinha feito a Família Trapo, que eu assistia em casa e adorava. Eu fui ao banheiro e me deparei com o Renato lá. Eu fui fazer xixi naqueles mictórios masculinos enquanto ele lavava as mãos. Me senti importante ao compartilhar aquela intimidade com um cara que eu admirava demais, era fã. Ele já era um coroa, sob minha visão de menino. Pra minha surpresa, ele aproximou-se para fazer xixi, exatamente no mictório ao lado do meu. Eu era pequeno e ele olhou pra mim e disse, com aquela voz engraçada dele:
- Viu como eu respeito meu pinto?! EU LAVO AS MÃOS ANTES...
Eu achei aquilo tão engraçado que quase fiz xixi fora do negócio lá....
E me senti ainda mais importante por ele ter se dirigido a mim.
Anos depois, muitos anos depois, fizemos a novela Ana Raio e Zé Trovão.
Falei com ele sobre isso, mas, claro, ele nem se lembrou.
Eu falei do desastre aéreo dele. Disse que tinha conhecido um cara que tinha me dito que tinha sido ele quem tirara o Renato do avião acidentado. Ele me disse que já tinha conhecido uns 50 caras que disseram a mesma coisa. E arrematou:
- Eu só sobrevivi por que sou Consorte.
SAM PRAN FRANT.
Put the internet to work for you.
0 comentários:
Enviar um comentário