A capacidade de reconhecer algúem ser reconhecido pelo rosto diminui quando a pessoa está usando máscara. É o que indica um estudo da Universidade Ben-Gurion do Negev, de Israel, e da Universidade York, do Canadá divulgado nesta segunda-feira (21) na publicação científíca Nature
Para fazer essa constatação, os pesquisadores usaram uma nova versão do CFMT (Cambridge Face Memory Test), modelo normalmente utilizado para verificar as habilidades de percepção facial das pessoas. O teste possui três fases diferentes, e com um nível crescente de dificuldade.
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Os mais de 500 voluntários foram separados em dois grupos: um teria de identificar pessoas sem máscara e outro pessoas que estavam usando máscara.
Os pesquisadores descobriram que o grupo de voluntários que tentou identificar pessoas com máscara teve 15% mais dificuldade de fazer o reconhecimento facial em relação aos que tiveram a tarefa de reconhecer pessoas que não estavam usando o equipamento de segurança.
“Descobrimos que as máscaras faciais levaram a uma redução robusta nas habilidades de processamento facial medidas pelo CFMT”, destacaram os pesquisadores.
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A pesquisa revelou também que, com o uso das máscaras, as pessoas precisam cada vez mais se atentar aos poucos recursos disponíveis no rosto de outra pessoa para identificá-la, deixando o reconhecimento mais demorado. Por exemplo, olhos e parte das bochechas tornaram-se elementos muito importantes para essa identificação.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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