Por: Bruna Romanini
Foto: Reprodução – Entenda o triste caso desta bebê a seguir
O médico responsável pelo triste caso desta bebê prematura está sendo julgado no País de Gales, entenda
Um triste caso ocorreu com uma bebê prematura no hospital Singleton em Sketty Lane no País de Gales. Um médico cortou a cabeça da prematura de 26 semanas durante o parto cesárea. A pequena Millie-Rae Kimberly faleceu poucos minutos após seu nascimento.
O caso ocorreu em 12 de janeiro de 2017 e agora o médico obstetra responsável pelo parto, Dr. Paul Flynn, está sendo julgado. O médico cortou acidentalmente a cabeça da prematura após confundi-la com uma das camadas de pele da parturiente, a mãe Stacey Mears. A criança ficou com um corte de cerca de cinco centímetros na parte de trás de sua cabeça devido ao erro do médico.
A mãe da criança relatou que quando estava com 26 semanas de gestação, foi para o hospital Príncipe Philip para um exame de rotina. No local, foi constatado que Stacey estava com placenta prévia, condição na qual a placenta fica posicionada muito abaixo na cavidade uterina.
Ela então foi encaminhada para o hospital Singleton onde ela tomou esteroides e foi informada que havia a possibilidade de seu parto ser prematuro. Ela foi para casa, mas no dia 12 de janeiro de 2017 começou a ter um sangramento muito forte. Stacey foi encaminhada para o hospital Singleton com fortes contrações e sangramentos.
Já no hospital, as dores e o sangramento se intensificaram muito e uma cesárea de emergência foi necessária. Stacey precisou de uma anestesia geral para o parto. Quando ela acordou da anestesia, recebeu a terrível notícia de que sua bebê não havia sobrevivido. “Eu achei muito difícil compreender o que havia acontecido com a minha filha e eu queria respostas”, contou Stacey durante o julgamento.
Durante o julgamento, o médico Paul Flynn pediu perdão para Stacey e toda a sua família. “Eu sinto muito por toda dor que meu erro causou. Isto nunca havia ocorrido antes na minha carreira e certamente é algo que me arrependerei para sempre. Eu queria que este parto tivesse tido um outro final”, afirmou o médico.
Pediatra que atendeu a bebê após o parto dá sua versãoO pediatra Nitin Goel, especializado em atender recém-nascidos, foi chamado para tentar ressuscitar a bebê quatro minutos após seu nascimento. O pediatra relatou que a prematura já estava muito fraca e pálida. Ele tentou ressuscitar a pequena por 35 minutos, sem sucesso.
O obstetra não havia informado Nitin sobre o corte na cabeça da pequena. A criança foi entregue ao pediatra com um gorrinho e apenas após 25 minutos de ressuscitação, ele notou que estava escorrendo um pouco sangue da cabeça da pequena. “Tirei o gorro e vi o corte de cinco centímetros na cabeça dela”, relatou o pediatra.
O médico especialista em partos de alto risco, Malcolm Griffiths, também deu seu depoimento no julgamento. Ele afirmou que mesmo se a criança não fosse extremamente prematura, o corte que havia em sua cabeça teria causado grandes problemas. “Qualquer recém-nascido, mesmo os que nasceram saudáveis, teriam graves sequelas se tivessem um corte deste na cabeça”, afirmou Griffiths.
Já o professor e médico Gordon Vujanic, do Hospital Universitário do País de Gales, que realizou um exame post-mortem em 17 de janeiro de 2017, afirmou que a causa da morte foi asfixia causada pelo fato da pequena ter sido privada de oxigênio durante o parto.
Gordon Vujanic foi perguntado pelo médico-legista assistente Aled Gruffydd se a morte de Millie-Rae teria ocorrido se a lesão na cabeça não tivesse acontecido e ele respondeu: “Sim, sem dúvida”.
O julgamento do médico Paul Flynn ainda está ocorrendo.
Foto: Reprodução – O hospital Singleton onde este triste caso da bebê aconteceu
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