Marcio Bueno
Fingir ser bom é bem pior que ser assumidamente mal.
Você pode discordar de mim, eu respeito, mas essa é a minha opinião!
A empresa que não atua corretamente por desconhecimento, é incompetente.
A empresa que, de forma consciente e deliberada, não cumpre a lei ou não age de forma ética, é hipócrita. Porém, com o aumento da conscientização do consumidor e a vitrine transparente das redes sociais, este tipo de empresa será penalizada pelo mercado e terá vida curta.
Agora, a empresa que usa o greenwashing, que institucionaliza a mentira para aumentar suas vendas, para mim é indigna e deveria ser fortemente punida.
Greenwashing é o termo inglês que define a estratégia de promover discursos, anúncios, ações, documentos, propagandas e campanhas publicitárias sobre ser ambientalmente correto, sem sê-lo.
Segundo um estudo publicado pela Nielsen, em junho de 2019, 42% dos consumidores brasileiros estão mudando seu hábito de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente.
O mesmo estudo mostra que estamos mais conectados, 64% dos consumidores têm smartphone e 48% utilizam o celular para interações em redes sociais, portanto com mais voz ativa para denunciar as tentativas de empresas que fingem ser o que não são.
O aumento da sensibilização sobre o consumo consciente de produtos sustentáveis começou na cosmética, onde hoje, as novas gerações consultam a composição do produto, pesquisam a origem e comprovam a veracidade da informação divulgada.
A segunda indústria a aderir este movimento foi a dos produtos de higiene, limpeza e utilidades doméstica.
E agora, outra indústria está levantando esta bandeira de lutar contra o greenwashing, que é a indústria têxtil.
Esta tendência irreversível de transparência leva as empresas a atuarem em duas frentes, a primeira é garantir que suas práticas produtivas são realmente sustentáveis, já que esta indústria é a segunda que mais polui no mundo.
A segunda linha de trabalho é sensibilizar ao consumidor para que conheça e dê valor a isso.
A Malwee, uma das maiores indústrias têxtil do país, está trabalhando internamente há muitos anos para produzir uma moda sustentável, quer ampliar sua área de impacto positivo na sociedade.
Embora continuem buscando novas tecnologias para reduzir seu impacto negativo no planeta, a empresa considera que não basta produzir um produto sustentável, é preciso orientar e transmitir ao consumidor o conceito de consumo consciente.
Que basicamente se refere a comprar o que se precisa, aprender a montar um fundo de armário que permita combinar melhor as peças reduzindo o consumo de moda sazonal, aprender a melhorar a manutenção das peças (lavagem e secagem), enfim, estes são alguns dos cuidados que geram um impacto extremamente positivo no meio ambiente.
Mas, em um país com tanta diferença social como o Brasil, com uma renda média tão baixa, é difícil falar sobre as consequências do impacto da moda no meio ambiente em 2050 para quem está preocupado chegar ao fim do mês.
Por tanto, como fazer isso?
Quais são os desafios?
Vamos conversar sobre isso, nesta quarta-feira, com o Head de marketing da Malwee Brasil, no quadro Visão Tecno-Humanista, no programa Inova360, na Record News, às 8h. Depois vamos debater sobre este desafio em nossa Live, às 19h, e você pode participar deste processo de inovação aberta, inscrevendo-se aqui.
Marcio Bueno assina a coluna “Tecno-Humanização”, no Inova360, parceiro do portal R7, e apresenta um quadro sobre o tema no programa de TV Inova360, na Record News. É Tecno-Humanista, fundador da BE&SK e criador do conceito de Tecno-Humanização.
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