A realidade virtual deixou de ser usada apenas por jogadores de videogames e está sendo aproveitada pelo setor financeiro como uma forma de animar o trabalho remoto para operadores solitários e executivos isolados.
Com 90% dos funcionários de algumas das maiores instituições financeiras do mundo agora trabalhando em casa devido ao aumento das infecções por coronavírus, mais e mais empresas estão experimentando a tecnologia de realidade virtual.
Na gestora Fidelity International, os executivos testaram um auditório em realidade virtual, conversando com colegas e até andando de um lado para o outro pelos corredores.
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"Trabalhar em casa acelerou enormemente o interesse por espaços virtuais/online", disse Stuart Warner, chefe de tecnologia da Fidelity International, que tem US$ 3,3 trilhões em ativos sob gestão.
A realidade virtual pode ser útil não apenas para realizar reuniões, mas também para ajudar a aliviar a sensação de isolamento e dar a alguns funcionários a sensação de estarem no ambiente no qual prosperam.
O UBS fez experiências fornecendo os óculos inteligentes HoloLens, da Microsoft, para seus operadores de Londres, o que, segundo o banco, permite que a equipe recrie em casa a experiência do pregão.
A experiência de trabalho em realidade virtual tem um preço alto - o HoloLens 2 custa US$ 3.500 cada. Mas o setor financeiro está se preparando para investir. A Fidelity diz que os gastos com tecnologia aumentaram de 100% a 200% este ano em relação a 2019 e que manterá esse nível por até dois anos.
David Ripert, presidente da filial britânica da VR/AR Association, disse que o crescimento da demanda por aplicações de realidade virtual foi um ponto positivo da pandemia, já que as pessoas usaram a tecnologia para recriarem eventos e conferências que foram cancelados.
"Usar VR para esses eventos online é muito bom porque você tem aquela sensação de pertencimento e conexão que você não consegue necessariamente através de um vídeo plano em 2D", disse ele.
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