O ano de 2020 será um dos três mais quentes em mais de um século e meio, de acordo com a medição científica das temperaturas, segundo alertou nesta quarta-feira (2) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que também citou um aumento sem precedentes no degelo do Ártico.
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A temperatura média global, de acordo com os cálculos da agência, será até 1,2º Celsius mais alta neste ano, que os níveis pré-industriais (1850-1900), um valor semelhante ao de 2019 e só superado por 2016, o ano mais quente da história, quando o fenômeno El Niño contribuiu para a alta.
Os dados confirmam, além disso, que a década de 2011 a 2020 é a mais quente que se tem registro na história.
O panorama é detalhado em informe preliminar da OMM, sobre as condições climáticas deste ano. As conclusões definitivas serão divulgadas em março, quando será confirmado se 2020 é o segundo ou o terceiro ano mais quente da história, já que está quase empatado com 2019.
A região em que a alta das temperaturas ficou mais evidentes neste ano é o norte da Ásia, mais particularmente, o Ártico Siberiano, onde os termômetros subiram, em média, 5ºC, entre 1981 e 2020.
Em 20 de junho deste ano, por exemplo, um dos lugares mais frios do mundo, Verkhoyansk, registrou a temperatura mais alta de todos os tempos no Círculo Ártico: 38ºC.
A situação, inclusive, contribuiu para que a Sibéria sofresse os piores incêndios florestais dos últimos 18 anos.
A Organização Meteorológica Mundial também advertiu que, enquanto as geleiras da Antártica permaneceram estáveis, as do Ártico atingiram o segundo nível mais baixo em 42 anos. Só a Groenlândia perdeu uma massa de gelo de 152 bilhões de toneladas.
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