A agência alemã de telecomunicações proibiu a venda de modelos para crianças dos chamados relógios inteligentes, os smartwatches. As autoridades do país instruíram os pais que destruíssem os aparelhos de seus filhos, alegando que eles são "dispositivos de escuta".
A proibição faz parte de uma campanha que visa preservar a privacidade dos cidadãos do país, principalmente as capacidades de captar áudio desses aparelhos.
Já a BEUC, organização europeia de direitos do consumidor, afirma que esses aparelhos possuem problemas de segurança considerados graves, principalmente suas funções GPS, que poderiam ser usados por criminosos, para acessar a localização da criança ou ouvir o que ela está falando. Segundo os pesquisadores do órgão, hackers poderiam até enviar falsas coordenadas de GPS para enganar os pais.
Até mesmo as funções de segurança dos aparelhos colocam a vida das crianças em risco: botões de emergência podem ser modificados para enviarem mensagens para aparelhos de bandidos ao invés do celular dos pais.
Tanto autoridades alemães como europeias afirmam que esses aparelhos cheios de problemas de segurança estão "tornando as crianças mais vulneráveis" ao invés de seguras.
Internet das Coisas
No dia 17 de outubro, o FBI publicou uma nota onde afirmava que a proliferação de dispositivos da chamada Internet das Coisas — que devem chegar ao número assustador de 20 a 50 bilhões em 2020, segundo o órgão — poderia facilitar os ataques de criminosos cibernéticos.
"À medida que mais empresas e proprietários usam dispositivos conectados à Internet para aumentar a eficiência, (...) aumenta também as vulnerabilidades para serem exploradas", informa a publicação, que ainda reitera a dificuldade de descobrir quando um dispositivo do tipo foi comprometido, o que exige mais conhecimentos técnicos para fazer tal identificação.
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