Uma equipe de cientistas descobriu, usando uma técnica que utiliza partículas chamadas múons, uma sala secreta, de aproximadamente 30 metros quadrados, dentro da Grande Pirâmide de Giza, no Egito. O espaço fica acima de uma sala chamada de Grande Galeria, e para o time de pesquisadores, representa a maior descoberta estrutural da pirâmide desde o começo do século 19.
O método analítico, descrito no relatório na revista científica Nature, é moderno: quando raios cósmicos entram na nossa atmosfera, elas se tornam os múons, que perdem energia conforme passam por algum tipo de material, como as pedras usadas na pirâmide. Ao colocar detectores de múons em locais estratégicos, os pesquisadores conseguem contar o número de partículas que chegam ao solo, e recriar uma imagem que mostra se o material acima deles é denso, como uma pedra, ou vazio.
Mehdi Tayoubi, cientista francês, co-autor da pesquisa e presidente do instituto científico HIP, explica que ele e sua equipe queriam fazer esse "mapa 3D" da pirâmide usando as técnicas menos destrutivas possíveis. "O que é estranho para mim", afirma, "é que essas são partículas muito pequenas para um monumento tão gigante. "
Tayoubi explica que eles colocaram alguns filmes de detecção de múons em uma sala inferior da pirâmide, chamada Câmara da Rainha — a intenção era reconhecer e mapear as áreas acima dela, a Câmara do Rei e a Grande Galeria.
Além dessas salas, eles encontraram também um largo espaço, não observado por nenhum outro cientista.
"A primeira reação foi de surpresa e excitação, mas logo percebemos que documentar tudo aquilo de forma científica seria um grande trabalho", disse Tayoubi. Segundo o pesquisador, a maior vantagem dos múons é não causar nenhum dano à pirâmide. "Espero que as autoridades egípcias cooperem com a exploração desse novo lugar. "
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