06/11/2017

iPhone X é resistente, mas traseira de vidro trinca com facilidade

Testadores utilizaram até um isqueiro na tela do aparelho para medir resistência
Testadores utilizaram até um isqueiro na tela do aparelho para medir resistência Reprodução/YouTube/JerryRigEverything

O iPhone X nem bem foi lançado — com direito a filas gigantes e estoques baixos na pré-venda online — e os primeiros testes de resistência já começam a ser publicados na imprensa americana. Como era de se esperar, se você quer comprar o aparelho de R$ 6.999 (ou US$ 1 mil para os americanos), é melhor tomar alguns cuidados.

O iPhone X (assim como o iPhone 8 e o 8 Plus) utiliza uma traseira de vidro. Ela não serve apenas para deixar o aparelho mais caro ou bonito, mas também para permitir a recarga de bateria sem fio. Mas aí mora o primeiro problema de resistência do aparelho: ela quebra com certa facilidade.

O youtuber JerryRigEverything fez seu tradicional teste de crueldade com o aparelho e o aprovou de uma forma geral — a exceção é justamente a traseira de vidro. Segundo o americano, o telefone passa bem em testes do dia a dia e pode ser descrito como "incrivelmente sólido". Ele arranhou o corpo do dispositivo com chaves de fenda, de bolso e até estiletes.

O iPhone X também passou bem no teste de flexão, que infernizou o iPhone 6, que chegava a amassar quando colocado no bolso traseiro e ficar com alguma pressão. O aço inoxidável dá conta, inclusive, dos testes de arranhões com estiletes  e facas.

Abaixo é possível ver o vídeo completo (em inglês).

Mas o vidro na traseira é um problema, destaca Jerry: existem muitas chances dele trincar, ou quebrar após algumas quedas. O site de tecnologia americano CNET destaca que em seus testes o vidro traseiro rachou apenas com uma queda.

O aparelho foi solto de pé a 90 centímetros do chão em uma calçada comum de São Francisco e não resistiu: ganhou uma rachadura proeminente. No teste de resistência da tela, o aparelho foi solto da mesma altura e no mesmo local e ganhou duas novas rachaduras na parte da frente, uma delas "da espessura de um fio de cabelo".

Nos testes com arranhões, o aparelho ficou com "marcas visíveis" na superfície de vidro após ser pressionado contra uma lixa. Já com chaves deixadas em um bolso, o aparelho se saiu bem e não apresento marcas permanentes.

O veredito do CNET afirma que o aparelho "provavelmente pode lidar com o desgaste diário", mas "deixá-lo sem um case está fora de questão".

JerryRigEverything chegou a uma conclusão similar e disse que o aparelho "é bem resistente", mas não aconselha a usá-lo "sem um case", principalmente se o usuário já enfrentou problemas com rachaduras em telas antes.

Além de quebrar, o conserto da traseira é mais caro que trocar a tela. Bem mais. Segundo o site Apple Insider, substituir uma traseira danificada custará cerca de R$ 330 (US$ 99), enquanto o conserto da tela sai por cerca de R$ 95 (US$ 29). É uma diferença grande para um item que provavelmente trará problemas ao usuário.

Os valores mais do que triplicam se um usuário precisar de uma terceira troca de tela: R$ 1.150 (US$ 349) no iPhone 8 e R$ 1.320 (US$ 399) no iPhone 8 Plus.

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