Após inspeção no Museu Nacional do Rio de Janeiro, a Defesa Civil municipal constatou nesta segunda-feira (3) o risco de o telhado da edificação desabar após o incêndio que consumiu o prédio na noite de domingo.
A vistoria encontrou paredes e divisórias internas com trincas ou destruídas e, por isso, o que restou da cobertura do museu pode ruir a qualquer momento.
"Conseguimos fazer a vistoria hoje de manhã. Verificamos que, internamente, corre risco de queda remanescente de laje, parte do teto que caiu. [Também há risco de queda das] madeiras expostas, paredes e divisórias internas devido à ausência do telhado, que ficaram instáveis”, informou o coordenador-geral da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, Luis André Moreira.
Em relação à fachada, porém, o coordenador-geral informou que, "externamente, verificamos toda a periferia das fachadas e não se identificou risco iminente de queda das fachadas"
— São fachadas espessas e verificamos, em alguns trechos, algumas trincas e risco de queda de revestimento, de beirais, razão pela qual vamos manter essa parte também interditada até que esses riscos também sejam eliminados.
O coordenador-geral avisou que, de agora em diante, o museu deverá providenciar uma empresa para a retirada dos escombros. "Agora, a gente aguarda que o museu contrate a empresa para eliminar os riscos e as pessoas possam entrar para retirar os escombros".
— Os escombros não serão descartados, ele deve ser retirado para fazer uma varredura para ver se existe algum documento ou alguma obra do museu histórico.
Veja as imagens da destruição no interior do Museu Nacional:
Sobre o museu
Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, o museu pegou fogo na noite deste domingo (2) e estava fechado para visitação no momento em que o incêndio começou.
O prédio histórico de dois séculos foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país — são cerca de 20 milhões de peças sobre geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia.
No local, estava a maior coleção de múmias egípcias das Américas, havia ainda esqueletos de dinossauros e várias peças de arte.
O prédio tem três andares e é ligado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Pela análise preliminar dos bombeiros, o fogo atingiu a maior parte do edifício – duas áreas em que estão coleções e exposições, além da parte administrativa. Mas um setor teria sido preservado. O teto de algumas das áreas de exposição desabou.
0 comentários:
Enviar um comentário