Acredito que seja um consenso de que todo pai que ama seu filho quer que o pequeno cresça e tenha sucesso no trabalho no seu futuro. Mas, cada um pode ter uma visão diferente sobre o que é ser bem-sucedido. Será que é ter uma boa carreira acadêmica? Alcançar um grande cargo em uma multinacional? Ter muito dinheiro ou ser famoso?
Para tentar resolver estas questões, uma pesquisa realizada pela Universidade Kobe, no Japão, fez um estudo detalhado sobre como o estilo de paternidade/maternidade pode influenciar o futuro da criança.
Os resultado chegou a uma surpreendente resposta que nem sempre os bons níveis acadêmicos e um salário acima da média são sinônimos de uma vida feliz e satisfatória.
Para chegar a conclusão, um questionário foi respondido por 5 mil homens e mulheres. Os participantes responderam a diversas questões sobre sua vida familiar e classificaram afirmações como “meus pais confiam em mim” e “eu sentia como se minha família não tivesse interesse em mim”.
Os estudo concluiu que filhos de pais rígidos, que eram demasiadamente cobrados, até que alcançavam uma boa renda e tinham alto nível de escolaridade, porém, no futuro, seus níveis de felicidade e satisfação eram baixos.
Por outro lado, aqueles que receberam cuidados e atenção positivos dos pais quando eram crianças se tornaram tanto bem-sucedidos quanto felizes na vida adulta.
Com as respostas em mãos, os especialistas se concentraram em analisar quatro diferentes pontos: (des)interesse, confiança, regras e independência. Além disso, eles também levaram em conta o “passar tempo junto com os pais” e o sentimento de ser repreendido por eles". Assim, foi criada uma classificação com seis estilos diferentes de pais:
Pais Apoiadores: criança com níveis altos e médios de independência, altos níveis de confiança, altos níveis de interesse pela criança, muito tempo passado junto com o filho.
Pais Rígidos: baixos níveis de independência, níveis de confiança de médio a alto, rígido ou muito rígido, níveis de interesse pela criança de médio a baixo, muitas regras.
Pais Indulgentes (tolerantes): níveis médios a altos de confiança, nem um pouco rígidos, o tempo passado junto com a criança vai da média para cima.
Pais Maleáveis: baixos níveis de interesse pela criança, nem um pouco rígido, pouco tempo passado junto com as crianças, poucas regras.
Pais Ásperos: baixos níveis de interesse pela criança, baixos níveis de independência, baixos níveis de confiança, rígido.
Pais Médios: níveis médios em todos os fatores analisados.
A partir dessas informações, os especialistas constataram que tanto os filhos de pais rígidos quanto os filhos de pais apoiadores alcançaram bons níveis acadêmicos e de renda. No entanto, ao contrário dos filhos de pais apoiadores, que reportaram altos níveis de felicidade, os filhos de pais rígidos apresentaram níveis mais baixos desse sentimento e também mais estresse.
Talvez um dos segredos para uma boa criação e aliviar um pouco na cobrança dos pequenos, para dar mais margem para ele testar, arriscar e aprender com os sucessos e fracassos. Você pode estimular o potencial do pequeno sem excesso de regras e limitações, trabalhando a confiança dela e a liberdade criativa.
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