31/12/2019
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Brasileiro desvenda como Incas escolheram local de Machu Picchu
As ruínas da cidade Inca de Macchu Picchu foram encontradas no alto da Cordilheira Andes em 1911, no Peru, pelo explorador norte-americano Hiram Bingham. Essas antigas paredes de pedra são objeto de estudo do professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rualdo Menegat desde 1999.
Segundo a pesquisa realizada pelo professor em Ollantaytambo, a 60 quilômetros de Cusco, e no sítio arqueológico de Machu Picchu, não foi por acaso que os incas escolheram o local para erguer a cidade.
Rualdo concluiu em seu trabalho de campo e analisando imagens de satélites que a escolha da localização foi motivada pelas falhas geológicas, causas pelo movimento de placas tectônicas, que proporcionaram as condições necessárias para a sobrevivência no local.
As zonas de falhas geológicas favoreceram, por exemplo, o acesso à água por formarem reservatórios subterrâneos abastecidos pela chuva ou pelo derretimento das geleiras dos cumes nevados.
As fraturas naturais da rocha também foram importantes para obter materiais para a construção. Os incas utilizavam grandes blocos de pedras cortados em formas geométricas com encaixes precisos.
As maiores notícias sobre ciência e meio ambiente de 2019
Neste ano, milhões de pessoas pelo mundo se mobilizaram para chamar atenção para a situação de emergência em que nosso planeta está. Será que 2019 ficará conhecido como o ano em que palavras viraram ações em relação à crise climática?
Relembramos as maiores histórias neste ano sobre ciência e meio ambiente. O ano em que o mundo acordou?
Em 2019, a reação global à crise climática aumentou de ritmo. Inspirado na ativista sueca Greta Thunberg, o movimento de greves pelo clima ganhou força. Milhões se juntaram a protestos durante um ano em países tão diversos quanto Austrália, Uganda, Colômbia, Japão, Alemanha e Reino Unido.
Greta chamou a atenção quando foi de barco, em vez de avião, para um encontro sobre o clima em Nova York. "Eu sentia que era a única que me importava com o clima e a crise ecológica... Agora, me sinto bem porque sei que não estou sozinha nessa luta", afirmou.
O grupo Extinction Rebellion (Rebelião contra a Extinção, em tradução livre), do Reino Unido, executou diversas ações não violentas em 2019, também em protesto contra a crise climática.
O grupo, que pede ações dos governos sobre a mudança climática, ocupou cinco lugares famosos no centro de Londres em abril de 2019. Eles "ancoraram" um barco rosa no meio de uma das avenidas mais movimentadas em Oxford Circus com a frase "Digam a verdade".
A verdade a que se referem é a de que o mundo estaria em meio a uma emergência climática, e governos precisam admitir isso.
O Parlamento britânico, aliás, declarou uma emergência climática no país, cedendo a uma das reivindicações do grupo.
Mas também houve revezes nos esforços políticos para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Os Estados Unidos, um dos maiores emissores do mundo, começou o processo de saída do Acordo de Paris.
O acordo foi anunciado em 2015 com a intenção de limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus. O presidente Donald Trump disse que o pacto era ruim para a economia americana e empregos.
O encontro climático da ONU deste ano, COP25, acabou em um acordo descrito por muitos como "decepcionante".
O Brasil ficou muitas vezes no centro dessa discussão de meio ambiente e crise climática. Primeiro, por causa das queimadas na Amazônia. E, em segundo lugar, por causa do derrame de óleo na costa brasileira e a demora do governo em lidar com suas consequências.
'Anel de fogo'
Em abril, astrônomos divulgaram uma imagem muito esperada: a de um buraco negro. É uma região no espaço da qual nada, nem mesmo a luz, pode escapar. A foto foi tirada por uma rede de oito telescópios espalhados pelo mundo e mostra o que foi descrito como um "campeão dos buracos negros".
O monstro de 40 bilhões de quilômetros de largura tem uma aréola intensa, ou "anel de fogo", ao redor. O fenômeno é causado por um gás superaquecido que cai dentro do buraco negro.
A imagem causou sensação e levantou a bola para uma das cientistas computacionais que trabalhou no projeto, Katie Bouman, de 29 anos. Ela ajudou a desenvolver o algoritmo que permitiu que a imagem pudesse ser criada. A foto dela com as mãos sobre a boca, sem conseguir conter a alegria com a imagem que aparecia em seu notebook, viralizou nas redes sociais.
Mas sua fama levou a acusações de que ela teria levado o crédito pelo trabalho de um colega homem. E ele, Andrew Chael, a defendeu. Em uma entrevista à BBC, Bouman disse: "No começo, fiquei muito assustada com isso. Mas... Eu acho, sim, que é importante chamarmos a atenção para as mulheres nesses papéis (na Ciência)."
Terra e oceanos sob ameaça
Dois importantes relatórios da ONU revelaram o tamanho da devastação humana na superfície da Terra e nos oceanos. O primeiro desses documentos do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) alertou que temos que parar de abusar da Terra se quisermos impedir uma mudança climática catastrófica.
O estudo mostrou como nossas ações estão degradando o solo, expandindo desertos, acabando com florestas e levando outras espécies à extinção. Cientistas envolvidos no processo da ONU também explicaram que mudar para uma dieta baseada em plantas também pode ajudar a conter a mudança climática.
O segundo relatório, sobre os oceanos do mundo e regiões congeladas, detalhou como o nível das águas está subindo, o gelo está derretendo e espécies estão sendo forçadas a migrar.
Um coautor do estudo, Jean Pierre Gattuso, afirmou que "o planeta azul está seriamente em perigo agora, sofrendo muitos danos de muitas fontes diferentes e é nossa culpa".
Os autores dizem acreditar que as mudanças que provocamos vão cobrar seu preço. O aumento do nível do mar vai trazer profundas consequências para áreas costeiras vulneráveis onde vivem quase 700 milhões de pessoas.
Voo de reconhecimento
No dia 1º de janeiro, a nave espacial New Horizons, da Nasa, fez a exploração mais distante até hoje de um objeto do Sistema Solar.
Lançada lá nos idos de 2006, ela cumpriu sua tarefa primária - um estudo sobrevoando o sistema de Plutão - em 2015. Mas ainda com muito combustível no tanque, cientistas decidiram direcionar a nave espacial para um novo alvo, um objeto chamado 2014 MU 69.
MU 69, depois chamado de Ultima Thule, e mais recentemente Arrokoth, pode ser um objeto de gelo primitivo na área distante do nosso Sistema Solar chamada de Cinturão de Kuiper.
Há centenas de milhares de objetos como esse, e seu estado congelado pode guardar segredos de como todos os corpos planetários se formaram há 4,6 bilhões de anos.
Neste ano, cientistas apresentaram detalhes sobre o que haviam encontrado em uma grande conferência em Houston, no Estado americano do Texas.
Eles determinaram que duas partes do Arrokoth se formaram quando dois objetos distintos colidiram a uma velocidade relativamente baixa - cerca de 3 metros por segundo, segundo um membro da equipe, Kirby Runyon.
Recorde do derretimento de gelo na Groenlândia
Em setembro, o cientistista do Reino Unido David King disse estar assustado com o rápido ritmo das mudanças relacionadas ao clima no mundo. Um dos exemplos mais chocantes, para ele, é o recorde de derretimento de gelo na Groenlândia.
Em junho, a temperatura subiu a níveis muito acima dos normais no território dinamarquês, fazendo com que metade de sua superfície de gelo derretesse. Só em 2019, a Groenlândia perdeu gelo o suficiente para aumentar os níveis do mar em mais de um milímetro.
Há tanta água congelada na Groenlândia que se toda sua camada de gelo descongelasse, ela aumentaria os níveis do mar em até 7 metros. Embora isso pudesse levar centenas ou milhares de anos, cientistas polares disseram em uma reunião da American Geophysical Union em dezembro que a Groenlândia estava perdendo seu gelo 7 vezes mais rápido que nos anos 1990.
Rochas no espaço
Enquanto vemos muitos asteróides rondando a Terra em filmes, a probabilidade de um se chocar contra a Terra é pequena. Mas como os dinossauros descobriram, o risco aumenta com o tempo. Cerca de 19 mil asteróides próximos à Terra estão sendo monitorados, mas muitos não são detectados por telescópios, então sempre existe a chance de uma colisão ocorrer "de surpresa".
Em março, cientistas da Nasa disseram à Conferência de Ciência Lunar e Planetária que uma grande bola de fogo havia explodido na atmosfera da Terra no fim de 2018. Uma rocha espacial veio sem aviso e detonou com 10 vezes mais energia que a bomba atômica em Hiroshima.
A video showing the smoke trail from the #Meteor over the Bering Strait last December, produced using data from @JMA_kishou's #Himawari satellite.
— Simon Proud (@simon_sat) March 19, 2019
The orange meteor trail in the middle, shadow above-left.
Hi-res copy: https://t.co/EXn8sFb556 pic.twitter.com/X54InkvMnl
Por sorte, a rocha explodiu sobre o mar da remota península Kamchatka, na Rússia. Mas uma explosão daquele tamanho poderia ter trazido sérias consequências se tivesse acontecido mais perto do solo, sobre uma área densamente povoada.
E em julho, um asteróide do tamanho de um campo de futebol chegou perto da Terra, a 65 mil km da superfície do planeta — quase um quinto da distância à Lua. A rocha de 100 metros foi detectada apenas dias antes de passar pela Terra.
Enquanto isso, duas naves espaciais robóticas examinam diferentes objetos próximos à Terra. Cientistas trabalhando na missão Hayabusa, do Japão, reportaram que o asteróide identificado, Ryugu, era um destroço de um objeto ainda maior.
O 'vilão desconhecido' do aquecimento
O gás hexafluoreto de enxofre (SF6) não é muito conhecido. Mas como um dos gases de efeito estufa mais estudados pela Ciência, pode exercer um papel cada vez mais importante nas discussões sobre mudanças climáticas.
Há uma consequência não intencional no "boom" de energia limpa. O gás barato e não inflamável é usado para previnir curto-circuitos e fogo em interruptores e disjuntores de grande porte.
Com mais turbinas sendo construídas ao redor do mundo, mais desses aparelhos estão sendo instalados. A maioria usa o gás.
Embora concentrações atmosféricas sejam pequenas por agora, a base global de SF6 usado deve crescer em até 75% até 2030. É preocupante, já que não há mecanismo natural que destrua ou absorva o gás quando ele é solto na atmosfera.
Corrida quântica
Computadores quânticos são uma grande promessa. Eles prometem velocidade e habilidade de resolver problemas que estão além dos tipos convencionais mais poderosos.
Mas cientistas têm tido dificuldade para construir aparelhos com unidades de informação (bits quânticos) para fazê-los competitivos com computadores clássicos.
Uma máquina quântica não havia ultrapassado uma convencional até este ano. Em outubro, a Google anunciou que seu processador quântico avançado, Sycamore, havia atingido "supremacia quântica" pela primeira vez.
Pesquisadores dizem que o processador cumpriu em 200 segundos uma tarefa específica que o melhor supercomputador convencional existente no mundo levaria 10 mil anos para completar.
A IBM, que também está trabalhando para conseguir viabilizar computadores quânticos, questionou alguns números apresentados pela Google. Mas o feito representa um passo importante para cumprir algumas das previsões feitas para esses supercomputadores.
A mancha quente de água que se move no Pacífico em direção à América do Sul e inquieta cientistas
Ela é tão grande que ocuparia um pouco mais da metade do México e duas vezes a superfície do Estado de Minas Gerais. Satélites mostram que uma área gigantesca e vermelha no Pacífico, perto da Nova Zelândia, está se locomovendo em direção à América do Sul.
Os pesquisadores apelidaram essa zona de "mancha quente" — hot blob, em inglês. O descobrimento dessa área vermelha, por meio de imagens tiradas por satélites, coincidiu com uma onda de calor que provocou graves incêndios na Austrália, ao mesmo tempo em que regiões da América do Norte experimentaram fortes tempestades de inverno.
A mancha compreende uma área do oceano de cerca de 1 milhão de km² cuja temperatura aumentou entre 4°C e 6 °C, mais que o previsto para essa região.
Esse fenômeno inesperado pode, segundo cientistas, ajudar a explicar o forte aumento de gás metano na atmosfera. Sem contar com as zonas do trópico, a mancha vermelha é a área com maior temperatura média na superfície oceânica mundial, diz James Renwick, chefe do Departamento de Geografia, Meio Ambiente e Ciência da Terra da Universidade de Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia.
O jornal New Zealand Herald diz que a mancha começou a se formar em outubro, mas as temperaturas se mantiveram na média e não cresceram de maneira significativa. No entanto, um aquecimento mais acentuado em dezembro fez a mancha aumentar e a temperatura subir fortemente.
A formação da mancha quente
Segundo Renwick, vários fatores contribuíram para a formação da "mancha quente", entre eles o "anticiclone", um sistema natural de alta pressão que tem reduzido as correntes de vento nessa parte do Pacífico.
"Temos tido pressões bastante altas, dias ensolarados e ventos leves, o que favorece um aquecimento acelerado da superfície do oceano", disse ele ao jornal New Zealand Herald.
"Se os ventos são fortes, então tudo se dispersa. Se não há essa dispersão, o aquecimento do sol é absorvido pela superfície do oceano e gera essa capa de água muito quente", explicou.
Ou seja, sem ventos fortes, a temperatura da água aumenta e essa corrente quente se move até perto das costas.
Mas quão significativa é essa mancha?
Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, as temperaturas do oceano podem variar em grandes proporções, e um grau a mais ou a menos de diferença já é "preocupante" por provocar efeitos adversos no clima do planeta como um todo.
A área que compreende a mancha quente sofreu um aumento de 4ºC a 6ºC na sua zona central, o que é considerado significativo.
De acordo com Renwick, a capa de água quente se estende por 50 metros debaixo da superfície. Os cientistas ainda vão pesquisar o impacto que isso provocará na vida marinha dessa região.
Manchas quentes parecidas com essa foram identificadas há cinco anos nas costas da Califórnia e do Alasca em setembro. Cientistas alertaram para um fenômeno similar na costa oeste dos Estados Unidos.
Que efeitos essa mancha pode provocar?
Segundo Renwick, a mancha quente não terá impacto direto sobre o clima ou a vida na Nova Zelândia. Como ela está a caminho da América do Sul, a expectativa é que se disperse e perca parte do calor antes de chegar a qualquer zona povoada.
Portanto, especialistas dizem que o efeito dessa área de calor no oceano não deve ser grande sobre áreas habitadas. No entanto, os cientistas estão inquietos sobre as eventuais consequências para a vida marinha.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos adverte que o aquecimento das águas reduz os nutrientes no oceano, o que altera a cadeia alimentar marítima.
Leões marinhos, por exemplo, precisam nadar até mais longe para conseguir peixes e outros animais para se alimentar. Uma mancha quente surgida na Califórnia em 2014 produziu a maior proliferação de algas tóxicas já registrada na costa oeste dos EUA.
O aumento da temperatura também dificultou aos salmões jovens encontrar alimentos de boa qualidade no oceano. Além disso, milhares de leões marinhos que saíram em busca de alimentos apareceram encalhados nas praias.
Diversas espécies de baleias, que também tiveram que ir até perto da costa em busca de comida, acabaram presas em redes de pesca ou mortas após encalharem nas areias das praias.
Há riscos para a América do Sul?
Segundo Renwick, a massa de água quente deve esfriar ao se aproximar da América do Sul.
O especialista diz que o próprio movimento da mancha até águas mais frias pode provocar o esfriamento da temperatura antes de ela se aproximar do continente americano.
Se isso não ocorrer, a mancha pode "chegar a ficar razoavelmente próxima da América do Sul", mas não deve alcançar a costa.
No entanto, segundo a revista Science, embora os satélites facilitem a identificação dessas manchas de água quente, eles não são capazes de determinar com precisão magnitude e o impacto ecológico delas.
30/12/2019
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Brasil multa Facebook em R$ 6,6 mi por compartilhamento de dados
O Ministério da Justiça e Segurança Pública brasileiro aplicou multa de 6,6 milhões de reais ao Facebook por suposto compartilhamento indevido de dados de usuários, informou à Reuters a assessoria de imprensa da pasta nesta segunda-feira (30).
De acordo com o ministério, o caso começou a ser investigado após notícia veiculada pela mídia em abril de 2018, informando que usuários do Facebook, no país, poderiam ter sofrido com o uso indevido de dados pela consultoria de marketing político Cambridge Analytica.
O empresa teria usado dados coletados por um aplicativo criado para usuários do Facebook chamado "This is Your Digital Life", em 2014. Ao aceitar os termos de uso, a pessoa concordava em compartilhar dados para uma pesquisa academica na Universidade de Cambridge.
O R7 entrou em contato com o Facebook para comentar o caso, mas não obteve respostas.
Cerca de 270 mil perfis na rede social usaram, em 2014, o aplicativo "This is Your Digital Life" criado por desenvolvedores que não tinham ligação com a empresa de Mark Zuckerberg. A partir disso, os dados de 83 milhões de pessoas com conta na plataforma foram coletados sem autorização.
Nos anos seguintes, esse banco de dados teria sido usado de maneira irregular para direcionar conteúdo e manipular a opinião pública em eleições e plebiscitos pelo mundo.
Entre os milhões de pessoas que tiveram as informações de seus perfis incluídas no banco de dados da consultoria, há também brasileiros. O Facebook publicou, no ano do escândalo da Cambridge Analytica um documento detalhando que 443 mil brasileiros foram afetados.
Os usuários dos EUA as principais vítimas. Os norte-americanos corresponderam a 81,6% do total, com 70,6 milhões de usuários afetados. Em seguida, estava a Filipinas (1,4%) e a Indonésia (1,3%). O Reino Unido ficou em quarto lugar na lista com 1,08 milhão (1,2%). O Brasil na oitava posição com 0,5% do total.
Tendências para 2020: novas espaçonaves, telas dobráveis e avanço do 5G
Se você ambiciona voar ao espaço e tem um monte de dinheiro para gastar, então 2020 pode ser um ano emocionante.
Se viagem espacial não é muito a sua, mas sim uma tela maior para seu smartphone, 2020 também pode ter algumas novidades para você.
Mas se acha que já existem celulares demais por aí e a indústria de tecnologia precisa ser menos descartável, talvez algumas empresas tecnológicas tenham entendido o que você está buscando.
A tecnologia que permite carregar seu celular em 5 minutos
O motivo pelo qual a Starliner, cápsula para astronautas da Boeing, terá de voltar à Terra
Veja abaixo um pequeno aperitivo das novidades tecnológicas que devem surgir nos próximos 12 meses.
Missões espaciais tripuladas
2020 vai ser um ano crucial para viagens espaciais, segundo Guy Norris, editor sênior da publicação especializada Aviation Week & Space Technology.
Desde que a Nasa aposentou os ônibus espaciais em 2011, os Estados Unidos passaram a usar espaçonaves russas para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional.
Mas tudo pode mudar em 2020, quando — se todos os planos derem certo — duas espaçonaves fabricadas nos EUA devem começar a transportar tripulantes.
Com capacidade para levar até sete astronautas até a órbita da Terra, o CST-100 Starliner, da Boeing, passou recentemente por testes e foi até rebatizado de Calypso, em homenagem ao barco do explorador marítimo Jacques Cousteau.
Na semana passada, um Starliner não tripulado foi lançado da Flórida com sucesso em seu foguete Atlas, mas depois teve problemas técnicos que o impediram de seguir o caminho planejado para a Estação Espacial Internacional.
A aeronave deve entrar em funcionamento pleno no ano que vem.
Enquanto isso, a cápsula Dragon, da SpaceX, passará por testes finais no início de 2020, e, se tudo correr bem, estará pronta para missões tripuladas neste ano.
Outros sistemas voltados a altitudes elevadas também podem atingir avanços significativos em 2020. Blue Origin, que pertence ao bilionário Jeff Bezos (da Amazon), poderá estar pronto para levar turistas em seu foguete sub-orbital New Shepard.
O avião espacial da Virgin Galactic também pode estar pronto em 2020 para levar passageiros ao espaço, mais de uma década depois do que previa o fundador (e também bilionário) da empresa, Richard Branson.
Estima-se que mais de 600 pessoas já tenham feitos pagamentos por um voo em veículos do Virgin Galactic — as passagens chegam a US$ 250 mil (cerca de R$ 1 milhão).
"Finalmente chegou a hora de entregar esses programas prometidos há muito e de essas tecnologias realmente serem colocadas à prova pela primeira vez", afirmou Norris, da Aviation Week & Space Technology.
Tecnologia e meio ambiente
Movimentos e campanhas de protestos — como os promovidos pela organização Extinction Rebellion — ajudaram a inserir as mudanças climáticas na agenda de empresas de tecnologia.
Entre as companhias sob pressão estão as fabricantes de smartphones. Estima-se haver 18 bilhões de aparelhos descartados ao redor do planeta. Com a venda de 1,3 bilhão de telefones móveis em 2019, esse número só cresce.
Fabricantes do setor passaram a ser cobrados por processos de fabricação mais verdes e telefones que possam ser consertados mais facilmente.
O mesmo pesa sobre fabricantes de bens de consumo como televisões, máquinas de lavar e aspiradores de pó, e companhias de telecomunicações.
A Vodafone prometeu que até 2023 suas redes no Reino Unido serão abastecidas por fontes de energia renovável. Outras empresas do setor devem seguir a mesma linha.
O sistema de viagem de negócios também sofre críticas. Ben Wood, analista da CCS Insight, afirma que se tornou "socialmente inaceitável" que as pessoas viajem pelo mundo enquanto existe a possibilidade de reuniões virtuais.
Há ainda iniciativas verdes da indústria de computação em nuvem, que tem estruturas com milhares de servidores e computadores que consomem volumes enormes de energia.
Telas flexíveis
O lançamento do primeiro celular dobrável pela Samsung em abril de 2019 não correu bem. Diversos avaliadores e críticos quebraram as telas durante o uso, e a empresa precisou fazer melhorias ágeis antes de colocar o produto à venda em setembro.
A Motorola teve um sucesso relativamente maior com o lançamento do novo Razr, ainda que analistas tenham reclamado do preço elevado.
A Samsung deve lançar novos dispositivos flexíveis no ano que vem, incluindo tablets.
A TCL, segundo maior fabricante de televisões da China, prometeu lançar seu primeiro dispositivo dobrável em 2020, e deve estender a tecnologia para outros equipamentos logo em seguida.
Esses produtos são uma grande aposta do mercado, que investiu o equivalente a mais de R$ 20 bilhões no desenvolvimento das telas flexíveis.
Analistas afirmam que dispositivos como alto-falantes inteligentes, relógios ou portas de geladeira poderão ter telas flexíveis acopladas a eles.
Telefonia móvel super-rápida
A expansão de redes de telefonia deve ser rápida. Até o final de 2019, cerca de 40 redes em 22 países estavam oferecendo serviço 5G, rede de telefonia móvel de alta velocidade.
Até o final do próximo ano, o número de operadores de 5G deve chegar a 125 operadoras, diz Kester Mann, da CCS Insight.
"Pode haver uma mudança interessante na forma com que os contratos 5G são precificados. Um contrato 5G sem telefone deve custar cerca de R$ 150 por mês e é provável que você obtenha quantidades ilimitadas de dados."
Mas analistas estimam que em 2020 talvez vejamos preços mais baseados na velocidade que você quer, um modelo de precificação parecido ao que já existe para a banda larga residencial.
No Reino Unido, a Vodafone já oferece contratos baseados na velocidade da conexão e a rede 3 deve oferecer o 5G como uma alternativa à banda larga doméstica. Esse tipo de modalidade pode atrair estudantes, por exemplo.
As redes 5G prometem velocidades de download até 20 vezes maiores do que no 4G, permitem que mais gente fique conectada em uma mesma região simultaneamente e oferece conectividade quase instantânea entre aparelhos.
O Brasil prevê o leilão das redes móveis de quinta geração para 2020.
Computação quântica
O próximo ano será novamente importante para a computação quântica, tecnologia que explora o comportamento instável, mas poderoso, de pequenas partículas como elétrons e fótons.
Em outubro deste ano, o Google afirmou que seu computador quântico havia realizado em 200 segundos uma tarefa que o supercomputador mais rápido do mundo levaria 10 mil anos. Houve questionamentos à conquista, mas grande parte dos especialistas diz que foi um grande acontecimento.
"Foi um marco histórico", afirma Philipp Gerbert, membro do grupo de tecnologia da consultoria BCG. "Está claro que eles ultrapassaram a computação clássica, ainda que o tamanho disso seja discutível."
Para ele, outras empresas que estão na vanguarda desse campo, como IBM, Rigetti e IonQ, também vão atingir em breve esse patamar.
Nos computadores clássicos, a unidade de informação é chamada "bit" e pode ter um valor de 1 ou 0. Mas seu equivalente em um sistema quântico, o qubit (bit quântico), pode assumir o valor de 1 e 0 ao mesmo tempo.
Isso abre caminho para que vários cálculos sejam realizados simultaneamente.
Uma vez que a tecnologia tenha sido colocada à prova, computadores quânticos podem levar a descobertas importantes em outras áreas, como química e farmacêutica.
O Google prometeu tornar seu computador quântico acessível em 2020 para pessoas de fora da empresa, mas ainda não há detalhes sobre isso.
Veja 7 notícias para lembrar de produzir menos lixo em 2020
O ano de 2019 teve a publicação de levantamentos que dimensionaram o impacto do dia a dia de toda a humanidade no meio ambiente. O consumo de plástico, a liberação de gases do efeito estufa e o derretimento do Ártico foram algumas notícias que alertaram sobre a necessidade de mudar hábitos no próximo ano
A atmosfera está cada vez mais poluída segundo dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas. O nível de gases do efeito estufa na atmosfera subiram e bateram recorde com 407,8 partes por milhão em 2018.
O Brasil é o quarto país do mundo que mais gera lixo plástico, mas pouco faz para reciclá-lo. De acordo com o estudo da WWF, preparado com dados do Banco Mundial, o Brasil produz anualmente 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia e à frente de países como Rússia, Indonésia e Alemanha.
O uso dos recursos naturais triplicou no mundo desde 1970, uma tendência que segue em alta e deve ser "crucial" nas políticas ambientais, segundo um Relatório de Recursos Globais apresentado em Nairóbi pela ONU Meio Ambiente
A temperatura do Ártico sofrerá um aumento de entre 3 e 5 graus centígrados até 2050, uma situação que "devastará" a região e elevará o nível dos oceanos no mundo todo, segundo um relatório apresentado pela ONU Meio Ambiente, em Nairóbi
A ONG Proteção Animal Mundia publicou a segunda edição do relatório "Fantasma sob as Ondas". O estudo mostra que a cada ano 800 mil toneladas de equipamentos ou fragmentos de equipamentos de pesca são perdidos ou descartados nos oceanos de todo o planeta. Essa quantidade representa 10% de todo o plástico que entra no oceano. No Brasil, estima-se que 580 quilos desse tipo de material seja perdido ou descartado no mar todos os dias
Materiais de plástico e restos de cigarro representam mais de 90% dos resíduos encontrados no ambiente marinho brasileiro, segundo diagnóstico divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ambos correspondem a 52,4% e 40,4%, respectivamente, do número de objetos coletados
O aquecimento global registrado atualmente supera em velocidade e extensão qualquer evento climático registrado nos últimos 2 mil anos.Em artigo publicado na revista Nature, cinco pesquisadores afirmam que nem mesmo episódios históricos como a "Pequena Era do Gelo" – resfriamento acentuado registrado entre os anos 1300-1850 – se comparam com o que está acontecendo no momento no mundo.
Programa Inova360 traz especial com melhores entrevistas do ano
O programa de TV Inova360, exibido diariamente, às 8h20, na Record News, apresenta, a partir desta segunda-feira, uma série especial com as melhores entrevistas do ano.
O episódio desta segunda-feira traz grandes nomes do mercado de tecnologia e startups, como Alfredo Soares, vice-presidente institucional da VTEX, André Boaventura, diretor de Marketing da startup unicórnio EBANX, Pryscila Laham, vice-presidente de Canais e Vendas para PME’s da Microsoft e Flávia Gamonar, instrutora de Carreiras e TOP VOICE do Linkedin, com mais de um milhão de seguidores na plataforma.
Quarta temporada
Após o sucesso da terceira temporada do programa, que segue até fevereiro do ano que vem, a equipe do Inova360 já prepara a próxima temporada, com estreia prevista para março.
A nova programação traz especiais sobre segmentos do comércio, serviços e indústria, sempre com foco na nova economia digital. Entre os especiais já fechados na grade estão temas como Fintechs, Sustentabilidade e Agrotechs.
Outra novidade do Grupo Inova360, que vem se consolidando como uma multiplataforma de conteúdo colaborativo, é a entrada no segmento de rádio e produção de poscasts, além do programa de TV e portal de notícias.
O programa Inova360 é o primeiro programa da TV brasileira focado em inovação empresarial, economia digital, tecnologia e negócios disruptivos.
Serviço
Programa de TV Inova360
Apresentação: Reginaldo Pereira
Canal: Record News
Horário: Das 8h20 às 8h35
Quando: De segunda-feira a sexta-feira
App ajuda pessoas com deficiência visual a usarem o computador
Um aplicativo gratuito está melhorando a vida de milhares de deficientes visuais que utilizam computadores e outros dispositivos tecnológicos, como smartphones e tablets. Produzido pela empresa F123 Consultoria, um sintetizador de voz, batizado de Letícia, reproduz uma voz feminina em português e pode ser usado em praticamente todos os tipos de leitores de tela e sistemas operacionais de tecnologia assistiva.
Para fazer uso de um computador, o deficiente visual utiliza o chamado leitor de tela, um programa que converte o texto exibido em tela em um discurso sintetizado em voz, permitindo que o usuário navegue na internet ou use qualquer software ouvindo o que está escrito no monitor e usando comandos no teclado para executar qualquer tipo de operação. Cada leitor de tela possui um sintetizador de voz associado, e é justamente essa nova opção de voz que foi criada pela F123. O projeto foi um dos primeiros, no Brasil, a serem patrocinados pela Expo Dubai 2020, evento que reunirá milhões de pessoas no ano que vem para celebrar conquistas humanas, sob o tema “Conectando Mentes, Criando o Futuro”.
"A gente queria uma voz que fosse de boa qualidade, que não fosse muito robótica, como são as principais vozes disponíveis em português, e que funcionasse em diferentes plataformas, já que a maioria funciona apenas no sistema Windows ou apenas no [sistema operacional] Android e por aí vai. A nossa voz pode ser disponibilizada em várias plataformas e sistemas operacionais, como Windows, Linux e Android", explica Fernando Botelho, fundador da F123 e um dos criadores da voz Letícia.
Botelho é deficiente visual e fundou a F123, há 12 anos, com o objetivo de desenvolver tecnologias que ajudem a dar mais competitividade às pessoas cegas, nas mais diversas áreas de atuação. A empresa se enquadra no conceito de negócio social, no qual são utilizadas técnicas modernas com missão social ou ambiental e todo o lucro é reinvestido na própria causa. "A gente viu a chamada que a Expo fez. Eles estavam em busca de projetos sociais e ambientais, e fomos o primeiro projeto brasileiro a receber apoio".
Com os recursos da Expo Dubai, o projeto começou a ser colocado em prática há cerca de dois anos. Um concurso nacional elegeu a voz que serviria de base para a formatação do sintetizador Letícia. A escolha, que contou com a participação de milhares de pessoas em todo o país, se deu por meio de uma votação pública na internet, e chegou ao nome da cantora, compositora e atriz Sara Bentes, que também é deficiente visual.
"Foram mais de 30 horas de gravação em estúdio. Foram lidas mais de 3.300 frases, que têm que ser foneticamente balanceadas, já que o sintetizador precisa ser treinado em uma diversidade fonética grande, para que possa ser capaz de construir qualquer frase em português", explica Fernando Botelho.
Tecnicamente, a voz de Sara não é a mesma de Letícia, por se tratar de um programa de computador, mas o nome foi inspirado na própria artista. Sara Bentes é, na verdade, Sara Letícia Bentes. O nome do meio, que não é o nome de trabalho utilizado por Sara, serviu como uma homenagem à cantora e, ao mesmo tempo, serve para distinguir o sintetizador da voz original usada como base.
Segundo os fabricantes, o sintetizador de voz Letícia tem a capacidade de ajudar mais de 500 mil pessoas dentro e fora do Brasil. A versatilidade da tecnologia é uma das principais características apontadas pelos usuários que aprovam o aplicativo. É o caso do programador Ângelo Beck, que chegou a participar da equipe de testadores do software. Atualmente, ele utiliza a Letícia em um dos dos seus notebooks e também no celular.
"No celular, eu estou gostando demais porque, além das mensagens de textos, o aplicativo lê aquelas figurinhas emojis. É a única voz que faz isso no Brasil a contento. Antes, eu recebia mensagens com aquelas figurinhas e as vozes simplesmente não liam. Eu sabia que tinha uma mensagem ali, no caso, um emoji, mas as vozes não liam. E a voz da Letícia é a primeira que conheço que faz a leitura desses emojis, então isso já mudou totalmente a minha comunicação, porque agora eu mesmo posso escolher as figurinhas e mandar para as pessoas", relata.
Além de ser uma voz com característica mais humanizada e menos robótica, o sintetizador Letícia funciona bem em praticamente qualquer dispositivo e em todos os sistemas operacionais. "Eles conseguiram criar uma voz rodar tanto num computador mais moderno quanto num celular mais antigo", afirma Ângelo Beck.
Deficiente visual desde os 21 anos, por causa do agravamento de um glaucoma congênito, Ângelo Beck tem hoje 38 anos e utiliza a voz Letícia para desenvolver uma de seus principais atividades além da programação. Ele é artista e faz móveis infantis em miniatura desenhando a partir do próprio computador, utilizando vetores em um software específico. Os trabalhos são depois impressos em dispositivos a laser e Ângelo monta peça por peça para criar cada um dos móveis, como guarda-roupas, poltronas e mesas, que encantam principalmente as crianças, mas são capazes de encher os olhos de qualquer adulto pela qualidade e delicadeza do resultado.
“Eu uso a minha criatividade para desenhar e tento imaginar o móvel pronto. As crianças gostam muito e é recompensador transformar os meus desenhos em realidade”, conta.
Na F123, o próximo desafio é criar novos sintetizadores de voz, inclusive uma voz infantil para auxiliar no desenvolvimento de crianças cegas. Segundo Fernando Botelho, também está nos planos o desenvolvimento de aplicativos em outros idiomas, principalmente de regiões mais esquecidas pelo resto do mundo.
"Estamos conversando com potenciais apoiadores para fazer novas vozes em outros idiomas. Existem muitos idiomas pelo mundo afora que não têm bons sintetizadores. É uma tecnologia bastante complexa e muitas empresas não estão interessadas em desenvolver esse aplicativo em idiomas que só são falados em países da África, por exemplo".
Apesar de invenções como a Letícia sinalizarem um avanço na qualidade de vida e na igualdade de oportunidades para deficientes visuais, a realidade dessas pessoas, em um mundo cada vez mais tecnológico, não é fácil. O programador Ãngelo Beck explica, por exemplo, como passou a ser mais difícil operar uma simples máquina de lavar roupas ou um aparelho microondas. "Hoje em dia, não encontro mais uma máquina com controle simples, que você pode girar e definir a escolha. No caso dos microondas, costumam tem um painel livre, sem auto-relevo".
Até mesmo um caixa eletrônico, sob o argumento de ser mais tecnológico, passou a não incluir mais pessoas com deficiência visual. "Antigamente, rodava uma gravação em áudio, tipo 'digite sua senha', mas hoje em dia tem uma tela de LCD e não consigo operar o caixa porque ele não tem sintetizador de voz. Não é falta de tecnologia disponível, é falta de pensar um produto levando em consideração um desenho universal, acessível", critica.
BELEZA: cintas modeladoras – a beleza tem que doer
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29/12/2019
Falha no Twitter permitiu obter o telefone de milhões de usuários
Os usuários do Twitter estavam vulneráveis ao vazamento do número de celular registrado no perfil. As informações foram publicadas pelo site TechCrunch após o pesquisador de segurança digital Ibrahim Balic denunciar a falha na plataforma.
A brecha de segurança foi encontrada a partir de uma função do aplicativo da rede social para Android usada para encontrar pessoas conhecidas a partir de um número de celular.
Como medida de segurança, não era possível enviar uma lista com vários telefones de uma só vez. Ibrahim, porém, conseguiu fazer uma combinação de 2 bilhões de números e testar um a um para descobrir 17 milhões de contatos de usuários.
Segundo a reportagem, Ibrahim explorou a falha por dois meses e conseguiu obter mais de 2 milhões de contatos de usuários em Israel, Turquia, Irã, Grécia, Armênia, França e Alemanha. A ação foi identificada e bloqueada em 20 de dezembro.
“Ao saber desse bug, suspendemos as contas usadas para acessar inadequadamente as informações pessoais das pessoas. Proteger a privacidade e a segurança das pessoas que usam o Twitter é a nossa prioridade número um e continuamos focados em interromper rapidamente spam e abusos originados pelo uso das APIs do Twitter ”, disse o porta-voz do Twitter ao TechCrunch.
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É preciso tirar tudo da tomada durante uma chuva?
Um medo frequente no verão é perder algum eletrodoméstico durante uma forte chuva no fim da tarde. Algumas pessoas preferem tirar tudo da tomada para evitar que uma sobre carga na rede elétrica queime algum equipamento.
Apesar de parecer uma medida extrema, desligar e desconectar os eletrônicos é uma medida que pode evitar prejuízos.
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"Quando a energia elétrica é reestabelecida, a voltagem na tomada pode ser superior à 110 ou 220 volts por alguns segundos. Isso é suficiente para queimar um equipamento que está conectado à rede elétrica" explica o professor do programa de engenharia elétrica da Coppe/UFRJ e life fellow do Instituto de Engenheiros, Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Edson Watanabe.
Além, de tirar os eletrônicos da tomada, Edson orienta esperar alguns minutos antes de ligar tudo novamente para não pegar o pico de tensão na rede.
Mesmo que algum eletrodoméstico não esteja sendo usado no momento da chuva também é possível que um raio cause um dano. Os aparelhos mais modernos podem ter recursos de segurança contra descargas, mas o especialista aconselha tirar da tomada mesmo assim.
O professor explica que as residências que ficam em regiões isoladas correm mais riscos exigem ainda mais atenção. "Nos locais onde existe uma grande concentração de casas ou em um prédio, o risco de uma descarga elétrica queimar algum eletrônico é menor porque a tensão é dividida entre todos."
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Por que ‘constelação de satélites’ preocupa astrônomos que investigam mistérios do Universo
Astrônomos estão preocupados com a visão que temos do espaço.
A partir da próxima semana, vai começar uma campanha de lançamento de milhares de novos satélites à órbita da Terra, com o objetivo de oferecer conexão à internet mais rápida a partir do espaço.
Mas as primeiras frotas dessas naves espaciais, que já foram lançadas em órbita pela empresa americana SpaceX, estão afetando a captação de imagens do céu à noite.
Agora, as imagens estão aparecendo com listras brancas brilhantes produzidas a partir dos satélites, e elas estão ofuscando a luz das estrelas.
Os cientistas temem que futuras "mega-constelações" de satélites possam obscurecer imagens de telescópios ópticos e interferir nas observações de radioastronomia.
"O céu noturno é comum, e o que temos aqui é uma tragédia", disse Dave Clements, astrofísico do Imperial College de Londres, em relação ao problema.
As empresas envolvidas disseram que estão trabalhando com astrônomos para minimizar o impacto dos satélites no estudo do universo.
A nova onda de satélites tem a ver com a alta velocidade de conexão com a internet.
Em vez de serem limitados por fios e cabos, os satélites podem transferir o acesso à internet do espaço para o chão.
E se houver muitos deles em órbita, significa que mesmo as regiões mais remotas do planeta podem obter conectividade.
Atualmente existem cerca de 2.200 satélites ativos trafegando ao redor da Terra. Mas, a partir da próxima semana, a constelação Starlink — um projeto da empresa americana SpaceX — começará a enviar lotes de 60 satélites para a órbita com semanas de intervalo. Isso significa que cerca de 1.500 satélites serão lançados até o final do próximo ano e, em meados da próxima década, deve existir uma frota de 12 mil.
A empresa britânica OneWeb está produzindo cerca de 650 satélites, mas esse número pode aumentar para 2.000 se houver demanda maior por parte dos clientes.
Já Amazon tem uma constelação de 3.200 naves espaciais planejada.
Por que os astrônomos estão preocupados?
Em maio e novembro, a Starlink enviou 120 satélites para órbitas abaixo de 500 km de distância da Terra.
Mas os astronautas ficaram preocupados quando a sonda apareceu como flashes brancos brilhantes em suas imagens de observação do espaço.
Dhara Patel, astrônoma do Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra, afirmou à BBC News: "Esses satélites são do tamanho de uma mesa, mas são muito reflexivos e seus painéis refletem muita luz do Sol, o que significa que podemos vê-los em imagens que coletamos com telescópios."
"Esses satélites também são grandes usuários de onda de rádio... E isso significa que eles podem interferir nos sinais que os astrônomos usam. Por isso, também afeta a radioastronomia."
Ela alerta que o problema vai crescer à medida que o número de satélites em órbita aumentar.
O que isso pode significar para as pesquisas?
Clements acredita que os satélites podem ter um impacto real nas observações do espaço. "Eles estão no primeiro plano entre o que estamos observando da Terra e o resto do universo. Então, eles atrapalham tudo", diz o astrofísico.
"E podemos deixar de ver o que está por trás desses satélites, seja um asteróide potencialmente perigoso perto da Terra ou o Quasar mais distante no universo."
Para Clements, seria particularmente problemático para os telescópios realizarem grandes pesquisas no céu, como o futuro Grande Telescópio de Pesquisa Sinóptica (LSST) no Chile.
"O que queremos fazer com o LSST e outros telescópios é produzir um filme em tempo real de como o céu está mudando. Agora temos esses satélites que interrompem as observações, e é como se alguém estivesse andando por aí acendendo uma lâmpada de vez em quando", diz.
Por outro lado, o astrofísico Martin Barstow, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, explica que parte do problema pode ser resolvido.
"O número de satélites parece assustador, mas na verdade o espaço é bastante grande. Então, quando você sobrepõe os satélites no céu, a densidade dessas coisas não será muito grande", disse ele.
"E como os satélites têm posições conhecidas, você pode atenuar (a observação). Um satélite será um ponto em uma imagem e poderá aparecer como uma explosão transitória de luz, mas você saberá disso e poderá removê-lo da imagem."
"Vai dar trabalho para os observatórios lidarem com esse problema, mas isso pode ser feito."
Para a radioastronomia, no entanto, as constelações podem representar um problema maior, especialmente para telescópios relativamente novos, como o Square Kilometer Array (SKA).
Os sinais de rádio usados pelos satélites serão diferentes dos que os astrônomos estão procurando, mas ainda podem causar interferência, diz Barstow.
A SpaceX disse à BBC News que a empresa está trabalhando ativamente com astrônomos internacionais para minimizar o impacto dos satélites Starlink.
Para o próximo lançamento, a companhia está testando um revestimento especial projetado para tornar a sonda menos brilhante.
Já a OneWeb afirmou que será "líder de projetos no espaço responsável" e pretende colocar seus satélites em uma órbita de 1.200 km, para não interferir nas observações astronômicas.
Ruth Pritchard-Kelly, vice-presidente da OneWeb, afirmou à BBC: "Escolhemos uma órbita como parte de nossa dedicação ao uso responsável do espaço sideral. E também conversamos com a comunidade de astronomia antes de lançarmos os satélites de modo a garantir que eles não sejam seja reflexivo demais e não interfiram na radioastronomia."
Ela acrescentou que conectividade e astronomia não são antagônicas.
"Não há dúvida de que o mundo inteiro tem o direito de se conectar à internet... Então isso vai acontecer. A questão será trabalhar com as outras partes interessadas para garantir que não estamos interferindo no trabalho delas, sejam elas tecnologias de satélite existentes, telefone móvel ou a comunidade da astronomia. Sabemos que vamos resolver isso com todo mundo", afirmou.
Nasa apresenta robô que buscará sinais de vida em Marte
A Nasa, agência espacial norte-americana, apresentou o robô que está sendo desenvolvido para para buscar vida em Marte
O rover está sendo construído no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, na Califórnia. O lançamento está marcado para acontecer entre julho e agosto de 2020
O pouso no planeta vermelho ocorrerá somente no ano seguinte do lançamento. Se tudo correr dentro do esperado, o pouso será no dia 18 de fevereiro de 2021
Além de monitorar as atividades sísmicas e a temperatura no planeta, o novo rover terá a missão de buscar sinais de vida em Marte
Para evitar a contaminação do equipamento com qualquer partícula, tanto os engenheiros quanto os visitantes precisam usar roupas de proteção que cobrem todo o corpo, o rosto, o cabelo e luvas de borracha
O rover tem seis rodas, cada uma com seu próprio motor individual. As duas rodas dianteiras e duas traseiras também possuem motores de direção individuais para executar giros de 360 graus
O rover é aproximadamente do tamanho de um carro e pesa pouco mais de uma tonelada
Um braço mecânico de dois metros é equipado com uma broca para fazer perfurações e coletar amostras
Quando estiver em solo marciano, o equipamento será guiado por 23 câmeras que vão ajudar a identificar obstáculos e registrar imagens da missão
Lego suporta temperatura extrema e pode contribuir com pesquisas
Pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, colocaram peças da marca Lego em temperatura extrema e descobriram que o brinquedo pode ser usado como um eficiente isolantes térmico.
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Os testes em laboratório usaram um refrigerador de diluição para colocar quatro peças do brinquedo a uma temperatura próxima de -273ºC, conhecida como "zero absoluto". Isso é cerca de 200 mil vezes mais frio do que a temperatura ambiente e 2 mil vezes mais frio do que o espaço.
Os blocos de encaixar são fabricados de um plástico chamado Acrilonitrila butadieno estireno, cuja sigla em inglês é ABS. O material conseguiu resistir à temperatura extrema e ainda obteve um resultado melhor do que os materiais usados hoje, como o Macor ou o Vespel.
“Nossos resultados são significativos porque descobrimos que o arranjo de fixação entre os blocos Lego faz com que as estruturas se comportem como um isolante térmico extremamente bom a temperaturas criogênicas", disse o líder da pesquisa, Dr. Dmitry Zmeev.
Os refrigeradores de diluição são usados em pesquisas de diversas áreas da engenharia e da física. Os computadores quânticos, por exemplo, precisam operar a temperaturas extremamente baixas.
O plástico usado para fabricar as peças do brinquedo pode ajudar nos avanços desses estudos. O próximo passo da pesquisa é projetar e imprimir em 3D um novo isolante térmico para a próxima geração de refrigeradores de diluição.
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Antoine Lavoisier, o químico revolucionário que foi decapitado graças a disputa científica
"Foi o suficiente para eles cortarem a cabeça, não será suficiente por um século para que outro igual surja", disse o matemático ítalo-francês Joseph-Louis Lagrange.
Ele lamentava a decapitação de Antoine Laurent Lavoisier, que havia mudado para sempre a prática e os conceitos da química, forjando um sistema que daria ordem ao conhecimento caótico da alquimia.
Lagrange e Lavoisier viveram — como Charles Dickens escreveu — naqueles que "eram os melhores tempos, eram os piores tempos, era o século da loucura, era o século da razão". Na verdade, era o século 18, o do Iluminismo e do "terror". Na França, foi o momento da Revolução que mudou o país e o mundo.
E, naqueles tempos, apesar de suas realizações, Lavoisier tinha muita gente contra ele, além de um inimigo bastante poderoso.
Um retrato
Muitas obras de arte retratam momentos. Nesse caso, elas também mostraram um mundo que estava prestes a desaparecer.
Produzida pelo artista mais ilustre da França à época, Jacques-Louis David, em 1788, uma pintura mostra Lavoisier olhando com adoração para sua brilhante mulher, Marie Anne Pierrette Paulze-Lavoisier.
Em apenas alguns anos, David, um defensor da Revolução Francesa e amigo de Maximilien Robespierre (um dos líderes da Revolução Francesa), tinha controle quase completo das artes na França. E Antoine Lavoisier estava morto.
Marie Anne estava falida, mas recuperou os livros confiscados do marido, editou suas anotações adicionais e as publicou uma década após sua morte.
Casamento às pressas
Antoine e Marie Anne se conheceram quando ela tinha apenas 13 anos e seu pai, Jacques Paulze, precisava casar a filha rapidamente.
Uma baronesa insistia em fazer dela a esposa de seu irmão de 50 anos.
Marie se recusou a se casar com aquele "tolo e ogro", nas palavras dela. Mas, na França da época, era difícil negar os desejos de uma baronesa.
Só havia uma solução: ela não poderia se casar com o velho nobre se já estivesse casada com outro homem.
Jacques Paulze tinha a pessoa certa em mente: um jovem bonito e brilhante que trabalhava em sua empresa. Ele se chamava Antoine Lavoisier.
O jovem aceitou a proposta e, em uma grande cerimônia em dezembro de 1771, o vínculo foi formalizado.
Lavoisier já era razoavelmente conhecido na França, porque, além de um coletor de impostos, tinha estudado química.
Naquela época, a ciência era quase sempre uma ocupação para homens que, embora tivessem outros empregos, tinham tempo e recursos disponíveis para se dedicar a ela.
Por seu trabalho em geologia e seu plano de fornecer luz às grandes cidades, Lavoisier havia sido eleito membro da Academia de Ciências da França em 1768, quando tinha apenas 25 anos.
Na década de 1770, ele fez seu trabalho mais brilhante, descobrindo como materiais, entre eles a madeira, são queimados.
Na época, acreditava-se que, ao pegarem fogo, esses materiais liberavam uma substância misteriosa chamada flogisto (do grego flogistós: 'inflamável').
Dizia-se que essa era a razão pela qual um tronco diminuía de tamanho quando pegava fogo: o flogisto era liberado. Pensava-se que os materiais que queimavam facilmente eram ricos nessa substância.
Não é bem assim que funciona, disse Lavoisier.
Por um lado, quando os metais esquentam, eles não se tornam mais leves, mas mais pesados, disse ele. E ele argumentou que isso acontecia porque eles são combinados com um componente do ar: um gás que ele chamou de oxigênio.
Na década de 1780, Lavoisier usou sua teoria do oxigênio para construir uma estrutura completamente nova para a química.
Ele esclareceu o que é um elemento químico: uma substância, disse ele, que não pode ser reduzida a nada mais simples.
Ele compilou uma lista de nada menos que 33 desses elementos e desenvolveu métodos para dividir compostos químicos em seus elementos componentes e calcular as proporções relativas de cada um.
Além disso, ele introduziu um moderno sistema de nomes que permite que as equações químicas sejam escritas em uma linguagem universal que seja entendida em todo o mundo.
Lavoisier apresentou tudo isso em um livro de 1789, intitulado Traité Elementaire de Chimie (ou Tratado Elementar de Química), publicação que lançou as bases para o futuro desta área da ciência.
Ele é considerado o pai da química moderna e dá nome à conhecida Lei de Lavoisier, ou Lei da Conservação das Massas, princípio de que nada se perde ou se cria (o conceito já havia sido apresentado antes por outro cientista, o russo Mikhail Lomonosov, mas o texto deste não repercutiu).
Marie Paulze e Lavoisier pareciam formar um casal feliz desde o início do casamento. Embora isso não fosse tão comum na época, eles gostavam um do outro.
Ela entrou com o marido no laboratório, aprendeu química, anotou resultados de experimentos e fez esboços de seu laboratório e equipamentos.
Suas habilidades eram inestimáveis para Lavoisier, especialmente sua capacidade de ler e traduzir, além de entender e analisar textos científicos escritos em inglês.
Ele não foi o único a tentar resolver a química do ar e da combustão: havia outros atrás dessa "pista" envolvendo o oxigênio.
Um deles era seu amigo, o químico inglês Joseph Priestley, que o encontrou primeiro e até isolou o oxigênio puro, que é misturado com nitrogênio no ar, mas pode ser separado pelo aquecimento de certos produtos químicos.
Priestley notou que as chamas queimavam mais intensamente em oxigênio puro. Mas, na época, ele acreditava que o efeito era causado pelo ar deflogisticado — ou seja, ar havia ficado sem o chamado flogisto e tentava recuperá-lo de alguma substância em chamas.
Existem historiadores que argumentam, porém, que o crédito é do químico sueco Carl Scheele, que identificou o oxigênio vários anos antes de Priestley. Infelizmente, uma carta que ele enviou a Lavoisier descrevendo seu trabalho nunca chegou e seu relatório científico foi esquecido por dois anos em uma gráfica.
O fato é que o ambicioso Lavoisier queria estar à frente e precisava saber o que seus rivais estavam fazendo. No entanto, ele mal conseguia ler em inglês; portanto, sua esposa tinha que traduzir documentos nesse idioma para poder varrer o flogisto da teoria química e substituí-lo por sua teoria do oxigênio.
Foi então que a Revolução Francesa estourou, e aristocratas e cobradores de impostos foram considerados inimigos do povo.
Lavoisier era as duas coisas e não se salvou, apesar de ser um cientista admirado e, em sua outra profissão, um dos poucos liberais que tentaram agressivamente reformar o sistema tributário.
Segundo vários historiadores, Lavoisier foi denunciado pelo político revolucionário Jean-Paul Marat.
Marat nasceu no mesmo ano que o químico, estudou medicina e viajou pela Europa.
Na década de 1770, ele era um médico conhecido, que vivia em Londres e frequentava a aristocracia, embora já fosse politicamente ativo; em 1774, ele publicou Les Chaînes de l'esclavages (As Correntes da Escravatura, em tradução livre), atacando o despotismo.
Em 1777, Marat foi para a França e atuou como médico do conde de Artis, irmão do rei Luís 16, que foi coroado como rei Carlos 10º.
Praticar medicina com a aristocracia era lucrativo, mas Marat renunciou ao cargo para se tornar um cientista.
Confiante de que a Academia de Ciências de Paris, da qual Lavoisier era um membro proeminente, o reconheceria como um cientista de vanguarda, Jean-Paul Marat apresentou um ensaio sobre a luz, acompanhado por numerosas experiências, muitas das quais destinadas a invalidar teorias ópticas sobre a cor de Isaac Newton.
A Academia Francesa nomeou uma comissão de cientistas, que incluía Lavoisier e também o então embaixador americano Benjamin Franklin, para investigar o assunto.
Nove meses depois, a comissão concluiu que os experimentos "não provavam o que o autor imaginava que eles provavam" e decidiu que "eles não os consideravam adequados para a aprovação ou consentimento da Academia".
As esperanças de Marat de ser aceito como um membro da academia desapareceram e foram substituídas por um profundo ressentimento contra a entidade e, particularmente, contra Lavoisier, o mais vocal dos membros da comissão.
Mas ele não pôde fazer muita coisa até a Revolução estourar e se tornar um movimento poderoso.
Foi então que Marat voltou-se contra Lavoisier, fazendo circular folhetos denunciando sua ciência, seu passado e todas as suas atividades.
Marat adotou a filosofia de "se você não pode juntar-se a eles, melhor derrotá-los". Ele acabou liderando um movimento para dissolver a Academia de Ciências.
Pouco a pouco, colocou seu partido e parte da população contra Lavoisier, no momento em que a Revolução começou a se tornar seriamente perigosa.
Em 13 de julho de 1793, Marat recebeu a vista de uma mulher chamada Charlotte Corday, que alegava ter informações confidenciais sobre um grupo de girondinos em fuga, o que despertou o interesse de Marat.
Os girondinos eram um ramo moderado de revolucionários que eram a favor da dissolução da monarquia, mas contra a liderança violenta que a Revolução havia assumido nas mãos dos jacobinos, como Marat e Robespierre.
À época, um problema de saúde que causava extremo desconforto fez com que Marat improvisasse um escritório na banheira, onde o incômodo diminuía.
Ao final da conversa, Corday, uma defensora secreta dos girondinos, inesperadamente pegou uma faca e a enterrou no coração de Marat.
Dizem que suas últimas palavras foram: "A moi, ma chère amie!" ou "Para mim, minha querida amiga!"
Corday foi presa e, apesar de ter se defendido dizendo que matara "um homem para salvar cem mil", ela foi condenada e morreu na guilhotina aos 24 anos.
Como amigo íntimo de Marat e companheiro jacobino, o pintor Jacques-Louis David foi encarregado de planejar o funeral e pintar a cena de sua morte.
O assassinato de Marat fez dele um mártir por algum tempo. Seus amigos e aliados mantiveram vivo seu rancor contra Lavoisier e o prenderam.
Enquanto era mantido em cativeiro, Lavoisier escreveu a um primo: "Tive uma carreira decentemente longa e, acima de tudo, feliz. Acho que minha memória será acompanhada por alguns arrependimentos e, talvez, alguma glória. O que mais alguém pode querer? Esse assunto provavelmente me salvará dos inconvenientes da velhice. Eu vou morrer com boa saúde".
Em 1793, o químico foi considerado traidor do Estado e condenado à morte. Em 8 de maio de 1794, Antoine Lavoisier foi levado à guilhotina.
Embora seja uma história apócrifa, conta-se que, quando as realizações científicas de Lavoisier foram apresentadas como uma razão para perdoá-lo, o chefe da corte respondeu: "A República não precisa de sábios".