Um time de especialistas se reuniu em São Paulo para trocar conhecimento e discutir os principais conteúdos da linguagem de programação Ruby que é tão popular entre os desenvolvedores. O encontro foi durante a RubyConf Brasil 2019, um dos maiores eventos de Ruby da América Latina, realizada pela Locaweb, empresa especializada em serviços digitais.
O evento foi aberto com um dos principais temas de interesse sobre o assunto: a tipagem estática. Lucas Uyezu, Software Developer, da Shopify, também destacou o lançamento do Ruby 3.0, que deve chegar ao mercado somente no Natal de 2020. Até lá, os desenvolvedores contam com a versão beta. A nova versão terá uma performance três vezes mais rápida que a anterior, além de outras melhorias para facilitar os processos dos devs, como a análise estática.
Durante o evento, os participantes contaram com um ambiente dedicado para discutir assuntos específicos de acordo com o interesse de cada um. Também tiveram acesso a um espaço de networking com a participação de empresas parceiras, como a Magnetis, Vindi, Campus Code, Guru SP e Casa do Código.
Os profissionais em início de carreira apareceram em peso para acompanhar a RubyConf. Um dos encontros discutiu o momento atual dos desenvolvedores no mercado de trabalho e os principais caminhos para conquistar o sucesso na área.
“Para iniciar não é necessário saber uma linguagem específica ou conhecer todas as ferramentas. É preciso gostar de estudar lógica de programação, isso ajuda a entender todas as linguagens e facilita o caminho que é cercado de desafios”, contou Amanda Ávila, Front-End, do C6 Bank.
O CEO da SourceLevel, George Guimarães, abriu o segundo dia da RubyConf Brasil destacando as métricas de desenvolvimento de software para desenvolvedores. Ele explorou a necessidade de se implantar processos de acompanhamento de toda cadeia de aplicação.
De acordo com ele, equipes com mais de dez profissionais já precisam ter alguma métrica para visualizar os resultados. “A gente sempre fala em melhoria contínua dentro de toda equipe, a gente faz mudanças de metodologia, processos, pessoas e acaba não medindo o impacto disso e fica sem saber se melhorou, piorou, se deu certo ou não. E, para isso, não são necessárias muitas métricas, são poucas, mas que ajudam bastante a guiar essa melhoria contínua para saber se deu certo e se pode replicar em outros lugares”, explicou o palestrante.
A diversidade e acessibilidade não passaram despercebidas pela 13ª edição do evento. Os temas estão sendo amplamente discutidos pelas comunidades no Brasil afora e, na RubyConf, não foi diferente. Nos dois dias a programação contou com painéis para tratar do assunto.
Atualmente, segundo uma pesquisa da QuemCodaBR, no Brasil, homens ainda representam 68% dos desenvolvedores, contra 32% das mulheres. “Isso ainda mostra como o mercado se comporta em função de um estereótipo criado nas últimas décadas, afetando nosso comportamento enquanto profissionais”, explicou Ruan Brandão, Engenheiro de Software, da Podium. “É preciso ter modelos que não se encaixam no estereótipo padrão para incentivar que mais pessoas possam entrar na área”, concluiu o palestrante.
Outro tema debatido foi sobre a implantação de sistemas que favoreçam a acessibilidade. No Brasil, segundo uma pesquisa da W3C, apenas 2% dos sites são acessíveis a pessoas deficiência. “A Lei Brasileira de Inclusão obriga as empresas com sede ou representação no país a oferecerem a acessibilidade, porém, ela ainda é pouco explorada e quase não é fiscalizada”, explicou Maurício Pereiro, QA de acessibilidade digital, do Itaú.
Segundo o IBGE, o Brasil tem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 24% da população. “Nós temos o direito de perceber, entender, navegar e contribuir com a web, por isso, pensar e colocar a acessibilidade é imprescindível. É preciso atender ao mercado, pois, a acessibilidade vai além do lado social, também é uma estratégia de negócio”, contou Flavio Correia, analista de testes, do Itaú, que é deficiente visual. Ambos afirmaram que os devs precisam focar nas diretrizes de acessibilidade e conteúdo para web e, constantemente, revisar o processo para que ele se mantenha acessível mesmo com todas as atualizações.
A Locaweb é especializada em serviços digitais, com 21 anos de experiência. São mais de 1,5 mil funcionários, 350 mil clientes e 19 mil desenvolvedores parceiros. A empresa oferece um amplo portfólio para atender todas as necessidades de pequenos, médios e grandes empreendimentos e os ajudar a prosperar. São seis unidades de negócio: a Locaweb Serviços de Internet abrange os produtos voltados para o setor varejista; a Locaweb Corp, que entrega desde simples projetos até escopos totalmente customizados com atendimento exclusivo; Locaweb Pro, voltada para desenvolvedores e agências digitais; a All iN, especializada em marketing de relacionamento digital; a Tray, voltada para o mercado de e-commerce; a Yapay, que lida com meios de pagamentos digitais.
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