31/10/2017

Smartphones intermediários são preferência nacional; compare!

Intermediários ganham força e mostram consumidor antenado na hora da compra
Intermediários ganham força e mostram consumidor antenado na hora da compra Kaboompics/Karolina/Pexels

Os smartphones topos de linha podem até ser os mais admirados, mas quem manda no mercado brasileiro são os intermediários. Dados da consultoria IDC apontam que a categoria de preço entre R$ 700 e R$ 1.099 tem a maior quantidade de aparelhos vendidos desde o fim de 2016 e segue crescendo. No segundo semestre, a categoria foi responsável por mais do que o dobro de vendas dos baratinhos.

Confira os dados do segundo trimestre de 2017 fornecidos ao R7 pela consultoria:

O analista de pesquisa do mercado de celulares da IDC para América Latina, Leonardo Munin é enfático: os brasileiros ainda olham para o preço antes de qualquer outra caracterísica na hora de definir sua compra.

No entanto, a visão de que um aparelho um pouco mais caro vai proporcionar uma experiência melhor é responsável por essa mudança de hábito na hora de escolher um celular para chamar de seu. De acordo com Munin, o mercado nacional está mais atento e maduro.

— Essa faixa de entrada está sendo esquecida aos poucos. O consumidor brasileiro estava tendo a primeira experiência com um smartphone, por isso comprava um aparelho mais acessível. Conforme vamos usando, sentimos falta de dispositivos melhores, nesse próximo [aparelho] estamos mais propensos a gastar um pouco mais.

Preço, performance e processador: os fatores que fazem o brasileiro se decidir por um celular
Preço, performance e processador: os fatores que fazem o brasileiro se decidir por um celular Alok Sharma/Pexels

 

A hora de comprar

Munin afirma que o excesso de aparelhos nessa faixa intermediária (Motorola e Samsung que o digam) pode "dar nó" na cabeça do consumidor, mas tem lá suas vantagens. O analista explica que, nos casos em que há muita oferta, a chance de um produto chegar no preço do outro é grande. Isso acaba virando um efeito cascata no qual as empresas reposicionam vários produtos. Como o portfólio é grande, ao reposicionar um, a chance de ter que fazer o mesmo é com o produto seguinte é alta.

Por exemplo: Uma fabricante vende um celular X por R$ 1.300, mas não está satisfeita com os resultados dele. Ela reposiciona seu produto para R$ 1.100. Ao dar esse desconto para X, tem que reposicionar o celular Y, que tem características inferiores e custava R$ 1.000. Agora Y vai para R$ 900. E assim por diante.

Aproveitar a "briga de preços" pode render descontos de até R$ 300

— Com o risco de um produto não sair na quantidade que você queria, é comum as empresas queimarem o preço desse celular e reposicionarem os outros. Então, ter muito aparelho no mercado gera essa confusão, mas também tem a questão do corte do preço e das promoções que beneficiam o consumidor.

De acordo com o analista da IDC para o mercado de celulares, não há como todos os aparelhos venderem bem. E os consumidores terão que ficar atentos a essa movimentação no mercado. Esses são os momentos "bons de comprar".

COMPARE OS MELHORES APARELHOS NESSA FAIXA DE PREÇO NO BRASIL:

Mais buscados

Por conta desse reposicionamento de mercado, uma busca pelos aparelhos mais acessíveis em ferramentas como o Buscapé traz alguns aparelhos que têm preço sugerido ou de lançamento com valor maior do que o oferecido no varejo. Atendendo ao pedido da reportagem do R7, a equipe do buscador apontou os seis aparelhos mais procurados nessa faixa (até R$ 1.000). A lista tem os seguintes modelos: Moto G5 Plus, Asus Zenfone 3, Moto G5s, Galaxy J7 Prime, Asus Zenfone 3 Max e Lenovo Vibe K6 Plus.

Câmera e bateria já são requisitos padrão. Agora o consumidor começa a olhar para a performance dos celulares
Leonardo Munin, analista de pesquisa da IDC

O especialista ainda faz algumas recomendações do que levar mais em conta na hora da compra: ficar de olho na qualidade da câmera e no desempenho da bateria são o primeiro passo, o padrão. Em seguida, se atentar ao processador e performance do celular.

— O consumidor hoje faz comparativos, está mais entendido. Ele quer que a navegação de internet dele flua melhor, quando ele começa a se atentar para a performance do aparelho, isso mostra maturidade.

Munin ainda deixa um alerta: não compre um celular apenas pelo nome. O exemplo dado pelo analista do IDC é o iPhone 5s, até alguns meses, disponível no site da Apple por R$ 1.399.

— É um aparelho de três anos, mas a Apple tem essa força como marca. A gente tem inovação em smartphone toda a semana, temos coisas novas todos os dias, não dá para comprar um celular de três anos atrás.

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