Os brasileiros estão sempre procurando formas de economizarem e a internet tornou possível algumas formas de conseguir uma renda extra. A ferramenta Repassa funciona como um brechó online que ajuda os usuários a renovar seus guarda-roupas, ao mesmo tempo que promove um consumo mais consciente num dos segmentos de maior impacto ambiental.
Segundo dados do Ibope, há mais de R$ 50 bilhões em roupas paradas no guarda-roupa dos brasileiros. Segundo o fundador e CEO do Repassa, Tadeu Almeida, o mercado da moda é um dos mais poluentes do mundo. Aproveitar melhor as peças diminui seu impacto no ambiente e é um dos propósitos da startup.
— A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo e a forma mais eficiente de diminuir esse impacto é dando mais ciclos de vida para as nossas roupas. Afinal, uma peça gentilmente usada, é tão boa, bonita e útil quanto uma nova, mas é até 90% mais barata e muito mais exclusiva.
Projeto social
Almeida conta que a plataforma foi lançada em 2015, mas passou a trabalhar apenas com o mercado de moda em março de 2017. No lugar de deixar com que os usuários cadastrassem os produtos e enviassem suas roupas de segunda mão, a plataforma envia uma sacola para o o cliente, ao custo de R$ 14,99. O cliente enche a sacola, chamada pela empresa de Sacola do bem, e envia o material para a Repassa.
A equipe do site faz o trabalho de escolha e avaliação das peças, fotografia, cadastro, armazenamento e envio. O cliente recebe 60% do valor das vendas e pode direcionar uma parte de suas vendas para uma das ONGs parceiras do serviço. Atualmente, o Repassa tem parceria com associações como GRAACC, Fundação ABRINQ, Mães da Sé e Saúde Criança.
— Mudamos o modelo de negócios, para deixar tudo mais prático. Assumimos toda a operação e oferecemos mais praticidade e segurança para o comprador. Sempre foi o propósito principal [impacto social]; é uma realização pessoal de estar impactando positivamente o mundo com esse negócio.
Desde essa mudança no modelo da empresa, as compras também se multiplicaram, pois os compradores se sentem mais seguros ao verem fotos profissionais publicadas, ao saberem que a peça passou pela avaliação de profissionais treinados antes de ir para o ar, afirma Almeida. Atualmente, o serviço conta com 108 mil usuários cadastrados e 12 mil peças à venda.
— Nesse sentido, o cenário de crise acaba sendo positivo, porque os clientes podem se monetizar com essas peças e quem quer ter uma marca de qualidade, tem acesso a essa peça com economia de quase 90%. Isso facilitou noesso crescimento.
Almeida acredita que mais empresas com propósito social devem surgir no cenário atual e que os consumidores se sentem bem ao saberem do impacto positivo gerado pelas compras.
— Uma coisa não impede a outra. Cada vez mais [social e empreendedorismo] andam em paralelo. Esse é um diferencial competitivo que agrega muito valor a marca, os clientes passam a consumir de consciência tranquila.
0 comentários:
Enviar um comentário