Funcionários do Facebook que criticaram a decisão do presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, de não remover um comentário inflamatório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levaram as divergências ao Twitter no fim de semana, elogiando a empresa rival e reprovando seu próprio empregador.
Muitos funcionários de empresas de tecnologia como Facebook, Google e Amazon se tornaram ativos em temas de justiça social nos últimos anos, e têm instado seus empregadores a tomar medidas e mudar políticas internas.
Ainda assim, as críticas a Zuckerberg marcaram um raro caso de funcionários de alto nível que assumiram publicamente posições contra seu próprio CEO, com pelo menos três críticas vistas pela Reuters provenientes de pessoas que se identificaram como altos gerentes.
"Mark está errado, e vou me esforçar o máximo possível para fazê-lo mudar de ideia", escreveu Ryan Freitas, cuja conta no Twitter o identifica como diretor de design de produto do News Feed, do Facebook. Ele acrescentou que mobilizou mais de 50 pessoas com opiniões parecidas para fazer lobby por mudanças internas.
Jason Toff, identificado como diretor de gerenciamento de produtos, escreveu: "Trabalho no Facebook e não tenho orgulho de como estamos aparecendo. A maioria dos colegas de trabalho com quem falei se sente da mesma maneira. Estamos fazendo nossa voz ser ouvida."
O Twitter colocou um alerta na sexta-feira em um tuíte de Trump que violava suas regras por "enaltecer a violência". O Facebook se recusou a tomar medidas sobre a mesma mensagem, com Zuckerberg dizendo em publicação que, embora ache as observações "profundamente ofensivas", a empresa decidiu que não violava sua política contra "incitações à violência".
O Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as críticas dos funcionários.
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