Sindicatos de trabalhadores da Alphabet, empresa matriz do Google, em dez países diferentes anunciaram nesta segunda-feira (25) a criação de uma aliança sindical internacional para desenvolver uma estratégia comum e apoiar uns aos outros em suas negociações com a companhia.
Sob o nome Alpha Global, os sindicatos em Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Suíça, Alemanha e Suécia, entre outros, se uniram em um movimento que é incomum no grande setor de tecnologia multinacional, onde organização de um grupo de trabalhadores maior tem sido rara.
A iniciativa tem o apoio organizacional da UNI Global Union. Trata-se de uma federação sindical internacional sediada na Suíça especializada no setor de serviços e que representa um total de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo, incluindo alguns na Amazon.
A formação da aliança ocorre apenas semanas após o anúncio, em 4 de janeiro, da criação do Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet nos Estados Unidos, que já conta com mais de 700 integrantes, e foi significativa devido à raridade de tais organizações no Vale do Silício.
Historicamente, grandes empresas de tecnologia na área da Baía de São Francisco prosperaram com funcionários altamente qualificados com salários acima ou bem acima da média nacional, algo que não favoreceu o surgimento de sindicatos.
A peculiaridade do setor também explica por que, quando são criadas, essas organizações frequentemente têm prioridades muito distantes das dos sindicatos tradicionais, como a negociação de acordos e melhorias salariais, e se concentram mais na promoção do ativismo dentro da empresa em questões como igualdade racial ou de gênero e proteção ambiental. O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, por exemplo, se define como um "sindicato minoritário".
Assim, um dos objetivos da nova aliança de funcionários da Alphabet, de acordo com o comunicado emitida pela organização, é criar grupos locais que reflitam os valores e interesses dos trabalhadores e trabalhar juntos para "mudar a empresa para que ela mantenha seu compromisso de não ser perversa".
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