26/01/2021

Pandemia alavanca fabricação de robôs que têm 60 expressões faciais

Fabricantes planejam produzir milhares de 'Sophias' em 2021
Fabricantes planejam produzir milhares de 'Sophias' em 2021 REUTERS/Tyrone Siu

Capaz de produzir mais de 60 expressões faciais diferentes, o robô Sophia atrai a atenção mundial há muito tempo. Em 2018, inclusive, até chegou a gravar um comercial com o jogador de futebol Cristiano Ronaldo.

Agora, em meio a pandemia e ao consequente aumento do número de pessoas isoladas, a intenção da Hanson Robotics, empresa fabricante da Sophia e outros robôs realistas, é fazer com que eles possam se tornar companhia para aqueles que estão socialmente isolados.

A ideia dos fabricantes é produzir em massa milhares dessas máquinas até o final de 2021. E, além da Sophia, mais quatro modelos de androids serão fabricados, entre eles a irmã mais nova da Sophia, a Little Sophia.

“Os robôs Sophia e os outros da Hanson são únicos por serem tão parecidos com os humanos. Isso pode ser muito útil nestes tempos em que as pessoas estão terrivelmente solitárias e socialmente isoladas”, destacou David Hanson, sócio-fundador da Hanson Robotics, ao jornal britânico Daily Mail.

Hanson acredita também que a utilização de robôs pelos humanos deve ir além do setor de saúde, podendo usá-los também em locais que necessitam de mais interação com clientes, como varejo e aeroportos.

David Hanson, em 2018, bem antes da pandemia, já era um entusiasta do uso de androids, tendo afirmado em um artigo científico que, por volta de 2045, humanos se casarão com robôs realistas. Em mais uma previsão, ele também afirmou que chegará o momento em que os androids poderão votar e até possuir suas próprias terras.

Mas as previsões de Hanson parecem seguir uma tendência, dado que, entre 2018 e 2019, as vendas de robôs para serviços profissionais aumentaram 32% em todo o mundo, com um lucro de US$ 11,2 bilhões, segundo a Federação Internacional de Robótica.

Pensando no período pandêmico, a previsão é de que haja uma aceleração no uso de androids realistas, como destaca o professor de robótica social Johan Hoorn ao Daily Mail. “Posso deduzir que a pandemia realmente nos ajudará a colocar os robôs mais cedo no mercado, porque as pessoas começaram a perceber que esse é o único caminho possível", encerrou.

*Estagirário do R7 sob supervisão de Raphael Hakime

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