As inovações na área da energia limpa registraram uma desaceleração na taxa de crescimento anual na última década, anunciaram nesta terça-feira (27) o Instituto Europeu de Patentes (OEP) e a Agência Internacional de Energia (AIE).
O número de patentes internacionais dedicadas às tecnologias de baixa emissão de CO2 cresceu em 20 anos, ao contrário do retrocesso observado desde 2015 nas energias fósseis, de acordo com o relatório "Patentes e transição energética", entre 2000 e 2019.
Mas há alguns anos, a taxa de crescimento anual médio está em queda. E desde 2017 é quatro vezes menor que no período 2000-2013 (3,3% contra 12,5%).
Mas o mundo só conseguirá frear o aquecimento global "com uma grande aceleração da inovação na área da energia limpa", alerta a AIE.
"Quase metade das reduções das emissões de gases do efeito estufa que permitirão alcançar a neutralidade de carbono em 2050 teriam que resultar de tecnologias que ainda não estão no mercado", afirmou o diretor da AIE, Fatih Birol.
Para o presidente do OEP, Antonio Campinos, "este relatório destaca a necessidade de acelerar a inovação de energia neutra em carbono, incluindo algumas que estão apenas surgindo".
O documento aponta que as patentes relacionadas com as tecnologias de produção de energia, incluindo as energias renováveis, estão em queda desde 2012.
Nos últimos cinco aos, 60% das inovações estavam vinculadas aos usos finais. O transporte é o primeiro setor de inovação, à frente da eficiência energética na indústria.
Os veículos elétricos estimulam o movimento, com os avanços nas baterias de íons de lítio.
A Europa é a primeira região em termos de inovação para energias neutras em carbono, com 28% das patentes apresentadas entre 2010 e 2019, segundo o relatório.
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