A polícia de Nova York rescindiu o contrato com a empresa Boston Dynamics, que fabrica os cães-robôs, um polêmico dispositivo cujo uso preocupou parte da população, confirmou a polícia à AFP nesta quinta-feira (29).
O chefe da Inteligência e Contraterrorismo da Polícia de Nova York, John Miller, disse ao jornal The New York Times que o cão-robô seria devolvido à Boston Dynamics e que a decisão estava relacionada ao fato de o dispositivo poder tornar-se um "alvo" para seus críticos.
Inicialmente, o contrato deveria finalizar em agosto.
A polícia alugou um exemplar do robô no ano passado. "Este cão salvará vidas, protegerá as pessoas e os policiais, e esse é o nosso objetivo", disse em dezembro o chefe da assistência técnica para operações de campo, Frank Digiacomo, a um sócio local do canal ABC.
Esses robôs, cujo modelo padrão a Boston Dynamics batizou de Spot, são capazes de navegar por terrenos acidentados, evitar obstáculos, filmar e coletar informações sobre seu entorno.
Em fevereiro, durante uma operação policial, o cão mecânico foi enviado para explorar um prédio de habitação pública no bairro do Bronx depois de receber uma ligação que indicava que um ladrão estava escondido em um apartamento.
Apesar de nada ter sido encontrado no local, as imagens causaram medo de que o robô pudesse se apresentar como uma potencial ferramenta de vigilância.
O quadrúpede, que a Boston Dynamics oferece por 74.500 dólares, foi visto novamente em meados de abril em Manhattan durante uma tomada de reféns na qual não foi usado.
Vídeos do cão mecânico andando na calçada voltaram a viralizar nas redes sociais.
John Miller disse ao The New York Times que as críticas são injustificadas, mas "as pessoas encontraram uma forma de transformar (o robô) em um objeto maligno".
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