Praticamente todo internauta que já usou uma rede social na vida já viu essa imagem. Uma menina olhando para a câmera com um leve sorriso no rosto, enquanto bombeiros tentam apagar um incêndio em uma casa no fundo da foto.
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Na semana passada, esse meme, conhecido nos EUA como "disaster girl" ("garota do desastre", em tradução livre) foi vendido por 180 ethereum, uma criptomoeda norte-americana. No dia da venda, isso equivalia a US$ 411 mil (cerca de R$ 2,2 milhões), mas nesta terça (28), a cotação já subiu para US$ 490 mil (R$ 2,62 milhões).
A vendedora foi a própria garota. Zoe Roth, agora com 21 anos, decidiu aproveitar a onda dos da venda de obras de arte digitais por meio dos chamados NFTs e conseguiu um bom lucro leiloando sua imagem.
A foto foi feita em 2005 pelo pai de Zoe, em um dia em que eles caminhavam pelas ruas de um bairro residencial em Mebane, na Carolina do Norte (EUA). A expressão da menina, então com cerca de 5 anos, parecendo se divertir com o incêndio, fez o meme se tornar mundialmente conhecido.
Em entrevista para o R7 em março, Arthur Igreja, especialista em tecnologia e segurança digital, explicou que NFT (Non-fungible token, ou “Token não-substituível”, em tradução livre) representa uma espécie de selo de autenticidade digital que garante aos compradores a certeza de que aquela obra virtual pertence somente a uma pessoa, ou seja, a garantia de propriedade.
“O token é uma espécie de assinatura virtual, como se fosse um direito de propriedade digital, um contrato. O 'não fungível' significa que aquilo é um item único, algo que não tem cópia no mundo. Logo, o NFT garante que somente aquele indivíduo possui o item original”, afirma.
A partir do momento que a pessoa adquire um algum item através do NFT, está, na essência, pagando por um código que poderá ser utilizado virtualmente para provar que aquela obra é única e original, segundo o especialista.
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