A Apple criou um fundo de 200 milhões de dólares, mais de R$ 1,1 bilhão de reais, em conversão direta, para investir em propriedades florestais produtoras de madeira que serão gerenciadas para ajudar a remover o carbono da atmosfera e de forma lucrativa, disse a empresa nesta quinta-feira (15).
No ano passado, a empresa estabeleceu a meta de neutralizar suas próprias emissões de carbono e a de seus fornecedores até 2030. Ela disse que 75% da redução virá da eliminação de emissões por meio de iniciativas como uso de energia solar.
A Apple e a organização sem fins lucrativos Conservation International serão parceiras no chamado "Fundo de Restauração", no valor de 200 milhões de dólares, e o Goldman Sachs atuará como parceiro geral para gerenciá-lo. A Apple confirmou que será o maior investidor do fundo.
O fundo tem como meta gerar lucro investindo em propriedades florestais gerenciadas para produzir madeira comercial e aumentar a remoção de carbono. O objetivo é retirar cerca de 1 milhão de toneladas métricas de dióxido de carbono por ano.
"Nossa ideia aqui é que se você mostra que é lucrativo e faz o que precisa ser feito em termos de redução de risco climático, então pode aumentar os investimentos em restauração e gestão florestal, que é o que realmente importa", disse Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente, políticas e iniciativas sociais da Apple à Reuters.
Jackson se recusou a dizer qual seria a meta de retorno para o fundo, mas disse que provavelmente levará em conta os retornos atuais sobre os investimentos financeiros em florestas, como um meio de demonstrar que a remoção de carbono pode ser lucrativa.
"As florestas produtivas geram dinheiro porque fornecem os produtos de que a nossa economia necessita", disse Jackson. "E então há uma oportunidade aqui, assim como com a energia limpa, de mostrar que há um modelo de economia sustentável que combina com a preservação das florestas".
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