19/04/2021

Bitcoin tem leve recuperação, após desabar 15% no domingo

Dado Ruvic/Illustration/Reuters - 19.11.2020

Após tombar 15% na madrugada de domingo (18) e devolver lucros de sucessivos recordes, o bitcoin tem um dia de recuperação parcial nesta segunda-feira (19). Investidores também repercutem a fala do vice-presidente do Banco do Povo da China, Li Bo, que hoje chamou o ativo de "alternativa de investimento", em uma mudança de tom por parte da segunda maior economia do mundo. Às 7h25 de Brasília, o bitcoin subia 0,22%, a US$ 56.491. Há apenas cinco dias, a criptomoeda havia batido a marca histórica de US$ 64 mil.

Não há consenso no mercado sobre o motivo da queda tão acentuada do bitcoin no fim de semana. Para alguns, trata-se de uma realização de lucros repentina, depois da divisa digital renovar vários recordes na esteira da oferta pública inicial da Coinbase, corretora americana de criptomoedas que desde quarta-feira passada é negociada na Bolsa de Nova York.

Para Michael Novogratz, CEO da Galaxy Investment Partners, uma das principais investidoras de criptomoedas do mundo, o tombo do bitcoin era "inevitável". "Olhando para trás, era inevitável. Os mercados ficaram muito entusiasmados com a listagem da Coinbase", afirmou, em um tuíte no domingo. No curto prazo, precisaremos reconstruir uma base. O dano não se cura da noite para o dia. Boa sorte", acrescentou.

Alguns analistas, contudo, atribuem o tombo a uma notícia da Bloomberg, publicada no domingo, informando que o Tesouro americano prepara novas medidas para coibir lavagem de dinheiro por meio de ativos digitais. "Aparentemente, os agentes do mercado temeram repressões dos Estados Unidos", diz o Danske Bank, em relatório enviado a clientes, sobre o que chamou de "oscilações violentas nas criptomoedas" durante o final de semana.

No noticiário do setor, ainda repercute uma fala de Li Bo, do PBoC, durante um painel organizado pela CNBC. "Consideramos bitcoin e stablecoin como ativos criptográficos. [...] Essas são alternativas de investimento", afirmou o dirigente. A declaração é interpretada como uma mudança de tom sobre o assunto por parte da China, que desde 2017 impõe restrições às negociações de criptomoedas, alegando riscos à estabilidade financeira.

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