Bitcoin é cada vez mais popular, ao ponto do consumo de energia global envolvido na mineração da criptomoeda ultrapassar o gasto elétrico de 159 países. Os números são de um estudo da consultoria Digiconomist, especializada em criptomoedas.
A mineração da moeda atingiu 29.05TWh (Terawatt-hora), medida no período de um ano que acabou em 20 de novembro, o que é o equivalente a 0,13% de toda a eletricidade gerada mundialmente no período. Se fosse um país, a mineração de Bitcoin seria o 61º maior consumidor de energia elétrica do mundo, à frente de países como Irlanda, Eslováquia e Marrocos.
O estudo afirma que os custos envolvidos nessa prática no período ultrapassou R$ 4,85 bilhões (US$ 1,5 bilhão), enquanto as receitas geradas chegaram a impressionantes R$ 23,3 bilhões (US$ 7,2 bilhões).
É importante ressaltar que é difícil calcular de fato o consumo de energia das operações de Bitcoin. O estudo leva em conta os custos energéticos mínimos envolvidos em uma operação de Bitcoin, com todos os computadores envolvidos com softwares otimizados e com hardware que não desperdiça energia — os valores reais provavelmente são ainda maiores.
Por que existe mineração?
O trabalho de minerar Bitcoins envolve a produção de processos de verificação de blocos válidos, fundamentais para que a rede não seja corrompida por fraudes. Cada transação envolvendo a criptmoeda necessita de um bloco de verificação que certifique que o valor da operação realmente exista na carteira do remetente e chegue ao destinatário. A rede utiliza a energia dos computadores dos usuários para fazer os cálculos necessários para criar tais chaves e por isso eles são recompensados com Bitcoins pela operação.
O algoritmo da moeda garante que a criação de blocos seja feito de forma distribuída, o que impede de um único usuário da cadeia gerar um grande número de blocos e ganhar mais que os outros. Por isso quem deseja conseguir somas maiores de Bitcoins através da mineração, precisa de verdadeiras "fazendas" com dezenas de computadores alinhados na tarefa. Como o valor da moeda continua a crescer — no momento, chega a recordistas US$ 8 mil —, o incentivo à mineração é cada vez maior.
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