26/11/2019

Concentração de gases do efeito estufa bate recorde em 2018

Queima de combustíveis fósseis é a principal causa do aumento de poluentes na atmosfera
Queima de combustíveis fósseis é a principal causa do aumento de poluentes na atmosfera Pixabay

A atmosfera está cada vez mais poluída segundo dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas, nesta segunda-feira (25). O nível de gases do efeito estufa na atmosfera subiram e bateram recorde com 407,8 partes por milhão em 2018.

Em 2017, ano anterior a coleta dos dados recém divulgados, foi registrado uma concentração de dióxido de carbono de 405,5 partes por milhão. As medições dos últimos anos superaram a simbólica meta de 400 parte por milhão estipulada em 2015.

Em nota, a agência destaca que essa tendência prossegue a longo prazo, indicando que “as futuras gerações poderão enfrentar impactos cada vez mais severos da mudança climática”.

O aumento da concentração dos gases do efeito estufa tem como consequência maiores médias de temperatura, fenômenos climáticos extremos, escassez de água, aumento do nível do mar e alteração dos ecossistemas marinhos e terrestres.

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Os gases do efeito estufa ficam acumulados na atmosfera por séculos e ultrapassam esse tempo quando absorvidos pelo oceano. Cerca de 25% do total da emissão de gases é absorvido pelos oceanos e outros 25% pela biosfera, o conjunto dos demais ecossistemas da Terra.

"Não há sinal de desaceleração, muito menos de um declínio, na concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, apesar de todos os compromissos do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. "Precisamos traduzir os compromissos em ação e aumentar o nível de ambição em prol do futuro bem-estar da humanidade", completou.

Segundo o relatório, há indicações de que o aumento nos níveis de CO2 na atmosféricos está relacionado à queima de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. 

Ácido nitroso na atmosfera
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O estudo revela ainda que as concentrações de metano e óxido nitroso também aumentaram em relação à década passada. As observações foram feitas pela rede Global Atmosphere Watch, que tem estações em regiões remotas como Ártico, áreas montanhosas e ilhas tropicais.

No ano passado, a concentração do ácido nitroso na atmosfera foi de 331,1 partes por bilhão, uma quantidade que corresponde a 123% dos níveis pré-industriais.

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