Por Marcio Bueno
Quem me conhece sabe que eu coleciono vinil, tenho uma boa coleção e quem visita minha casa, costuma ficar impressionado.
Mandei fazer um móvel a medida, como se fosse uma loja.
Então, usando a lógica e querendo ser gentil, é comum que algumas pessoas tentem me dar de presente um disco.
Porém, essa é uma tarefa muito difícil, porque tenho muito disco e a probabilidade de me darem um repetido ou de uma música que eu não gosto é altíssima.
Eu me lembro uma vez, uma amiga espanhola, presidente de uma grande empresa, que eu conheci quando ela veio pra São Paulo, me deu um disco de presente, como forma de gratidão.
Ela me contou que foi à uma loja, dedicou tempo, escolheu com todo seu carinho e… eu já tinha.
É uma situação delicada, eu não sei fingir, foi horrível quando ela procurou em minha coleção e achou o disco repetido.
E você já ganhou ou recebeu algo que não serve pra nada?
Qual foi a sua reação?
Há poucas situações que nos deixam tão constrangidos ou frustrados quanto fazer um esforço e oferecer algo a alguém que a pessoa não dá valor ou não quer.
É surpreendente, mas ainda tem muita empresa cometendo este erro. Muitas estão gastando muito dinheiro e esforço para pagar um benefício que não agrada ou não atende seus colaboradores.
Cada pessoa tem uma necessidade, dependendo de sua idade, de sua condição familiar, social, enfim, tratar a todo mundo igual é a receita para não agradar.
Por isso, surgiu uma empresa, a Vee Benefícios, que usa tecnologia para cobrir este gap e ajudar às empresas a oferecer benefícios flexíveis e personalizados para seus colaboradores.
Mas o que são os Benefícios Flexíveis? De maneira resumida, este é um sistema que oferece ao colaborador a liberdade de escolha. É uma flexibilidade vai muito além de apenas poder optar entre o VR e o VA. É poder decidir o que fazer com o valor que se recebe da empresa e usar quando e como quiser.
Nos Estados Unidos essa ideia já existe desde os Anos 70, mas ela começou a ganhar força no Brasil bem mais recentemente, acompanhando a onda de transformação digital que os diversos setores dentro das empresas estão passando. Hoje em dia já não imaginamos um marketing somente tradicional e offline. Ou um time financeiro fazendo planilhas na mão. Chegou a hora dos recursos humanos.
Perceber as diferenças (e vantagens) entre os dois formatos é bastante fácil. No formato tradicional, o RH aponta arbitrariamente quais são os benefícios que vai oferecer, sem considerar as individualidades de cada integrante do time. Se quiser oferecer um pool mais variado de vantagens, a empresa ainda acaba tendo que lidar com diferentes fornecedores, cada um com o seu próprio processo e sistema de utilização, burocratizando o que deveria ser fácil e colocando entraves no setor de Recursos Humanos.
Já com os benefícios flexíveis, o colaborador faz o que achar melhor. O gestor apenas precisa configurar os padrões de oferta para o time e decidir o valor que será oferecido, tudo pelo mesmo sistema administrador. A distribuição de recursos é de decisão completa do usuário, que pode fazer isso diretamente pelo app. No caso da Vee Benefícios, o mesmo app pode ser utilizado para pagamentos via QR Code em uma rede parceira (os funcionários também recebem um cartão com a bandeira Mastercard).
A adoção do modelo flexível de benefícios também respeita a diversidade nas empresas. Como é o caso do gap geracional que povoa os escritórios, por exemplo. Atualmente temos três gerações trabalhando lado a lado: Baby boomers, Geração X e Millennials. E aos poucos os Zoomers (a chamada Geração Z) começam a ganhar espaço. Contentar um funcionário nascido no início dos Anos 60 e outro nos Anos 2000 de maneira igual é tão difícil como me dar de presente um disco novo. Por mais carinho e dedicação que se coloque no presente (ou no benefício).
As necessidades individuais são mais respeitadas em um modelo flexível de distribuição de benefícios. Independentemente das escolhas, preferências e necessidades de cada um, a empresa cumpre seu papel de valorizar o seu bem maior: o time, entendendo que cada um é um ser individual, com anseios diferentes. É uma maneira de ampliar o empoderamento do colaborar, deixá-lo mais satisfeito e ainda aumentar a produtividade e diminuir o turnover. Funcionários felizes performam melhor.
Sim. Benefícios de qualidade são sinônimo preservação do time. Uma pesquisa da Society of Human Resources Management mostrou que 34% das empresas consultadas melhoraram seus planos de benefícios e para 72% delas o motivo era a retenção de empregados. 52% das companhias também disseram que a melhoria é focada em atrair novos talentos.
Os benefícios flexíveis representam um passo para que cada pessoa dentro do negócio se sinta valorizada e reconhecida. Como quando você consegue aquele disco raro para aumentar a coleção.
Marcio Bueno assina a coluna “Tecno-Humanização”, no Inova360, parceiro do portal R7, e apresenta um quadro sobre o tema no programa de TV Inova360, na Record News. É Tecno-Humanista, fundador da BE&SK (www.bensk.net) e criador do conceito de Tecno-Humanização.
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